Diário de uma noite - 2

Lá entramos, pulseiras postas (não destoavam muito da roupa, que foi uma sorte) senha na mão e ala que vão eles. Primeira paragem na Sr.ª que distribuía shot’s, 19º brinde da noite, acostumar os olhos à luminosidade da festa e seguir para o bar (claro que não podia ser o 1º bar, tivemos mesmo de atravessar o espaço todo, para dar a 1ª vista de olhos).

Depois seguimos para a frente do palco para ver o concerto dos “O que estrada”, a música era simpática, a Sr.ª também, mas o som estava um pouco estranho. E a festa parecia um tudo ou nada parada, ainda temi o pior!

Eu e o meu grupo já estávamos alcoolicamente bem dispostos (o meu medo de que os bares não dessem vazão, levou-nos a aviar em terra), resumindo não conseguíamos estar parados no mesmo sitio muito tempo. De volta ao primeiro bar e começam os disparates!

Uma das Sr.ªs que vendiam senhas foi o meu primeiro alvo (no fim vim a descobrir que ela só queria o meu dinheiro):

F. – Olha, aqui é para votar?
Eu – Não sei, mas se for eu voto na Sr.ª do meio! (o olhar que ela me fez, não me deixou compreender se levou a bem a piadinha, pelo que resolvi jogar pelo seguro)
Eu – Se ela deixar claro! (A Sr.ª sorriu)

Esta foi uma constante da festa, não encontrei ninguém que me levasse a mal, qualquer que fosse o disparate que eu dissesse elas sorriam, se bem que algumas assustaram-se, não queriam acreditar que alguém estava a meter-se tão descaradamente com elas! Mas este para mim foi o melhor indicador da festa, as pessoas estavam realmente bem dispostas! (até a minha tão característica timidez se foi no banho de vodka, que corajosa que eu estava)

(continua, ainda...)