5minutos 8segundos

quarta-feira, agosto 30

Se para uns as férias começaram para outros estão a terminar.
Deixo aqui algum conteúdo útil para a prática de 5minutos e 8segundos de momento chill out para, na eventualidade, atenuar a época alta de stress que, inevitavelmente, apoderar-se-á da nossa fantástica pessoa quando muito trabalho reaparecer...

Para ouvir:

“(What a difference a day made) twenty four little hours”, versão original de Tony Bennett, mas sugiro uma versão mais contemporânea, interpretada pelo Jamie Cullum.


Para ler:

Durante estes 5min 8seg, capítulos 24 e 25 do livro “A Lentidão” de Milan Kundera

Para beber:

Variavelmente com o tempo, de qualquer forma, para uma noite de Outono, um copo de João Pires, colheita 2004, passo a publicidade.

Este momento chill out varia de pessoa para pessoa, é apenas uma sugestão, não tem que ser experienciada nem do agrado de tod@s.

Os bons momentos chill out podem ser também, sexualmente vividos, não substimando o jamie cullum, nem o kundera,nem o João Pires colheita 2004, muito menos os 5minutos e 8segundos!

Oh Mi Bod – How Sexy is Your Music

sexta-feira, agosto 25

Chegou a minha vez de ir de férias!!! Ao final de 5 anos, sim 5 anos, tenho uma semana inteira de férias só para mim… Estou ao rubro!!! Retomo actividades do blog lá pelo dia 4 ou 5 de Setembro.

Estava eu à procura de tema para este último post, conversando com uma amiga ela sugeriu-me que postasse uma sugestão. Ora cá vai a minha sugestão… Oh Mi Bod!

Tudo o que não pode faltar nas férias: música e prazer… Agora juntem ambos e digam bem alto comigo “Oh Mi Bod”!

Consiste num belo (sim estético) aparelho de som, com um vibrador (não, não é massajador facial) acoplado, que vibra em função da música que se está a ouvir! Além de que se pode comprar acessórios extras (como a liga)!

Agora digam lá “How sexy is your music”.

Link no titulo.

Maldita Nostalgia


Com o fim das férias, chega também o balanço inconsciente, talvez inevitável, do ano que passou. Daquilo que se fez, que se sentiu, que se viu, que fugiu, que se agarrou... Vem a nostalgia de momentos vividos outrora, vem a nostalgia de um sentimento que não se desenvolveu, porque as circunstâncias da vida não o permitiram... Porém, mea culpa, a minha tenra idade serve de justificação para as demais atitudes ferverosas e pouco calmas perante o que sentia. Hoje senti saudades tuas... Saudades de algo que não foi vivido na íntegra, algo que foi injusto para ambas, mal interpretado, pelas minhas e tuas atitudes... Hoje sinto-me culpada por não poder olhar nos teus olhos, sorrir e sorrires-me... Por não poder beijar-te e dizer: “gosto de ti”, como naquele momento, ousei fazer...momento que para sempre ficará... Fugiste-me...

O Efeito Mulher Nua II


O efeito libidinoso, não tem que ser necessariamente despoletado, pela nudez!
Ora reparem, dediquei parte destas férias a locais mais conservados, tentei procurar a essência de cada um deles nas mais variadas características, desde a gastronomia, fauna, flora, terminei nos Açores, terra de mulheres lindas. E foi nestas que encontrei a verdadeira essência da terra, inocentes, ingénuas, essas sim, despertaram-me a libido. São também, verdadeiras lagoas revestidas pelas árvores e plantas que, mistérios serrados daí surtem.
“Descalça vai para a fonte/Leonor pela verdura/Vai formosa e não segura.”

Qual nu, qual quê?! Ainda que vestidas de cima a baixo, venham todas as “Leonores”!

P.S. De qualquer forma, criando aqui um atritozinho com a heterossexualidade, a verdadeira libido, obtém-se através de um belo calendário pendurado na cabine de um camionista, com uma gaja nua sentada numa harley! (sem qualquer tipo de objecção da minha parte, atenção!)

O Efeito Mulher Nua

quinta-feira, agosto 24

Foi num daqueles dias árduos, dos que parecem intermináveis, em que só apetece metermo-nos na cama e apagar.

Cheguei, tomei um banho, comi qualquer coisa e enfiei-me na cama. Já estava mais para lá do que para cá, quando ela chega à cama vestida como veio ao mundo (que não era muito comum, costumava fazê-lo de t-shirt), deitou-se e fez-me umas festas! De repente virou-se de costas para mim e fez “aquela” respiração.

Eu (pronto, o que raio aconteceu? Só me apetece dormir…) – Estás chateada?
Ela – Não!
Eu (o que é que eu fiz agora???) – Estás sim, caso contrário não me tinhas voltado as costas!
Ela (ar ofendido) - Eu não entendo, nunca me aconteceu chegar à cama nua e um homem não me saltar para cima!!!
Eu (controla o riso, pelo amor de deus tu controla o riso, ou isto dá buraco) – Han? Queres repetir isso, devagar? Mas, por favor toma atenção ao que disseste…
Ela (indignada) – Sim, isto com um homem nunca me aconteceu!
Eu (controla-te, respira, só mais um pouco) – E tu, por algum acaso, vês uma pila nesta cama?
Ela (confusa) – Mas as leis da atracção são idênticas, não achas?
Eu – Não o são entre pessoas do mesmo sexo, quanto mais de sexos diferentes… De toda a forma, eu venho sempre para a cama nua, e não é para te seduzir, é porque gosto, e não é por isso que tu me saltas sempre para cima, pois não?
Ela (quase conformada) – Pois!
Eu – Eu estou cansada, mas isso também nunca foi impeditivo. Agora, tens necessariamente de me despertar, e não é vendo mulheres nuas que a minha libido dispara ao ponto de dissipar o cansaço! Muitos anos de balneários têm esta tendência, ou achas que por ser lésbica, só vejo mulheres nuas na cama como a maioria dos homens?
Ela – Tens razão, desculpa!
Eu – Ah, ah,ahahahahah, desculpa mas estava atentar controlar-me desde do inicio da conversa, não aguento mais!!! Ahahahah, ahahahaha…
Ela (visivelmente chateada) – Fogo, vocês são umas complicadas!!!

Ora toma! Agora as complicadas são as lésbicas…

Será que o efeito mulher Nua, devia ser comparável ao efeito Axe?

Assumidamente!

quarta-feira, agosto 23

Para grande alegria minha (e pela quantidade de comentários a dar as boas vindas, posso dizer que é uma alegria para muita gente), o blog “Assumidamente” (link no titulo do post) voltou à actividade. Dos melhores blogs que li entre lésbicos e não lésbicos, e faz 4 anos este mês (Parabéns)!

Wellcome back ladys!

O Reino Unido Passou-se

terça-feira, agosto 22

Estava a passar em revista as notícias do mundo, na revista Zona Livre nº53 “on-line”, do Clube Safo, quando dou com a seguinte notícia que passo a transcrever:

Reino Unido – L-word criticada
A campanha publicitária da série “The L Word” foi, até hoje, a segunda mais criticada no Reino Unido, só ultrapassada pela campanha da rede de fast-food, Kentucky Fried Chicken. A campanha L-word apresenta as protagonistas da série nuas e a da Kentucky mostrava pessoas cantando de boca cheia.”

Nem sei por onde começar.

Pessoas a cantar de boca cheia, ainda admito que possa chocar, e que seja mais ou menos inédito (não é todos os dias que vemos em publicidade tal figura). Agora mulheres nuas, ainda por cima, com as partes “das vergonhas” escondidas (ou como dizem os entendidos, “não é um nu frontal”), essas são todos os dias, a toda a hora. Elas em tangas reduzidas, elas em nus frontais, elas com a parte superior do tronco despida, elas em roupa transparente, e por aí fora.

Agora olhem para a capa da série e expliquem-me por favor, qual é o choque? Qual é o teor da critica?

Eu sei que às vezes sou lenta, e que se me acorda o meu neurónio loiro, mas desta vez não estou a entender mesmo…

(Link para a revista Zona Livre nº53 no titulo do post)

Contribuições Externas

segunda-feira, agosto 21

Ainda no rescaldo do post intitulado “De Barriga”, estava na conversa com uma amiga sobre o tema, e ela conta-me a melhor das histórias com avós, não resisti e pedi-lhe autorização para a postar, desde já um obrigada para ela.

Enquadramento: os avós da minha amiga estão na casa dos oitentas(is), são alentejanos de gema e ela foi, praticamente, criada por eles.

Dizia-me ela: “A 1ª pessoa que disse aos meus avós «como» eu era (sou), foi a minha mãe. Mas fê-lo num tom muito depreciativo… Entre lágrimas e gritos disse-lhe que nós, eu e a minha namorada, éramos fressureiras. Claro, que a minha avó ligou-me em seguida. Perguntou-me se eu e a F. não estávamos a estudar enfermagem, porque a minha mãe tinha-lhe dito que nós éramos costureiras!”

No seguimento deste episódio, a minha amiga aproveitou para explicar à avó o que se passava, a Sr.ª reagiu lindamente, elas são muito bem recebidas em casa dos avós.

Eu ainda me atrevi a perguntar, se a avó tinha percebido bem tudo, se não tinha feito perguntas ou tecido alguma consideração. Ela explicou-me então, que a avó tinha feito uma única pergunta:
- “O que é que se enfia?”

Impagável! Obrigada amiga pela autorização, mais uma vez!

Visão Dúbia

sábado, agosto 19


Minha habitué, é com grande contentamento pelos mais diversos e variados motivos que, ao passar os olhos pela página 102 da Visão, me deparei com uma grande referência à banda sonora da série The L Word, com direito a foto com grande destaque!

Decidi esquematizar esta página, para um melhor entendimento das minhas pseudo conclusões acerca desta abordagem que, no meu entender é bastante positiva.

1- Está inserida numa secção indiscutivelmente menosprezada, em Portugal (A Cultura), por sua vez é aquela que mais nos enriquece. Apraz-me ver a referência à série neste campo.

2- Com The L Word, são referenciadas quatro das melhores séries dos últimos tempos e respectivas bandas sonoras, tirem as vossas conclusões...

3- Uma pequena referência à palavra “boas”, aqui a confirmar o referido no ponto 2, mas com um acrescento meu, elas são boas no verdadeiro sentido da palavra... (até a Shane, personagem controversa aqui no blog. AR essa foi baixa :p)

4- A Visão é uma revista pertencente ao grupo EDIMPRESA, que curiosamente é associada à direita portuguesa (politica)...tirem as vossas conclusões também... (não acerca da minha posição politica, como alguém disse em tempos: “isso não interessa a ninguém, é do nosso foro intimo...” (profundo)

Ironias à parte, concluo que, The L Word é uma chapada bem dada àquelas pessoas que nos subestimam, ainda que a série e a sua banda sonora também seja pensada por heterossexuais, é talvez uma revolução, senão, a grande revolução na homossexualidade feminina.

À Boca da Urna


(Quem votou "Não obrigada!" não pode olhar para a imagem...)

Cá estamos para fechar esta sondagem (poll) M&M - mulheres masculinas. Resultados fresquinhos de 33 votos contados:

- as que querem uma, têm uma e são uma (18% dos votos)
- as irredutíveis “não obrigada” (45% dos votos)
- as assim-assim (36%)

Hum devia dizer qualquer coisa inteligente neste momento! Deixarei que os outros por mim falem, linkei em pé de post, um texto interessante (para mim claro), “o preconceito dentro do preconceito” (Uva na Vulva), está tudo lá…

http://www.uvanavulva.erosblog.com.br/butchesepreconceitolink.htm

Rainha morta, rainha posta!

Nova sondagem sob o tópico: “se tiverem mesmo de me chamar de homossexual, chamem-me ……….!” (Esta sondagem permite escolha multipla, a gerência agradecia que só escolhecem 3 opções por votação! Muito obrigada.)



Sangue do meu sangue

sexta-feira, agosto 18

Fiquei a saber que já posso voltar a dar sangue legalmente – sem ter de assinar declarações de honra a negar a minha identidade sexual.
Sim, porque se os Sr.s Dr.s acharam que, por um minuto que fosse, eu não iria mentir, com todos os dentes que tenho na boca, para poder “salvar vidas”, só porque eles são preconceituosos, deviam estar cá com uma sorte!!!
Menti e dei, sim Sr.ª! E assinei a declaração de honra! E saí a sorrir…
Desta vez sairei a sorrir mas por outras razões! Aleluia, mais uma estupidez banida!

Literatura Lésbica II

quarta-feira, agosto 16

“A Insensata Geometria do Amor” parece-me um livro escrito a dois tempos, o primeiro tempo, até três quartos do livro, a escrita vai fluindo livremente, no quarto final a escrita precipita-se para o fim a uma velocidade aterradora (como se a editora estivesse a fazer pressão para cumprir a data de entrega, ou que a autora já estivesse farta do seu livro).

O livro gira todo em torno da relação amorosa entre duas mulheres, e algumas das personagens secundárias também são gay, um livro inteiramente temático.

A tradução é das piores coisas do livro, a editora devia ter vergonha de pôr um livro cá fora naquelas condições.

De resto as personagens são bem conseguidas, especialmente, as personagens secundárias. A história não é má de todo. Para o seu primeiro livro, e considerando que a área académica da Sr.ª Susana Guzner não é a da comunicação, não me pareceu nada mal.

Apesar de todas as considerações negativas apontadas, este foi um livro que me deu prazer ler.

De barriga

terça-feira, agosto 15


Visita aos avós:

Avó – Então? E tu filha? Quando nos dás um netinho ou uma netinha?
Eu – Oh vó! Eu sei lá… Nem marido quanto mais filhos…
Avó – Tens de te despachar filha, antes que a gente morra!
Eu – Mas as minhas prioridades são outras para já…
Avó – Oh filha, mas tu já tens mais que idade, não podes esperar muito mais…
Eu – Errr… E o avô como tem andado???

E agora? Como se dá a volta a este assunto? Juro que já pensei e repensei o assunto…

Hipótese 1 – “Isso nunca vai acontecer! Se alguém ficar grávida será a minha esposa, sim gosto de mulheres, aliás sou lésbica… E ela engravidará quando a encontrar, claro! E se ela quiser, claro! E se ela achar que deve ser comigo, claro!”
Resultado esperado – Colapso cardíaco!

Hipótese 2 – “Sou estéril” (mentira, claro)!
Resultado esperado – Perguntas e mais perguntas.

Hipótese 3 – “Preciso do dinheiro que uma criança consome para fazer uma volta a mundo, e eu quero muito viajar!”
Resultado esperado – Colapso cardíaco!

Hipótese 4 – “Crianças? O que é isso?”
Resultado esperado – Um estalo!

Nenhuma me parece apropriada confesso! Raios...

The L Word Party - Lesboa Party

sexta-feira, agosto 11

Hoje chegaram boas notícias, na caixa de comentários do post The L Word Party, parece que vai mesmo acontecer a Festa, com outro nome LESBOA PARTY! Link no titulo deste post!

Bem, vou começar a orientar a minha vida para lá estar…

Gaydar II

Passeando ontem na net, encontrei o Gaydar Test, que consiste em tentar identificar a figura gay de cada par de pessoas apresentadas, encontrando por fim um valor que mede a acuidade do nosso: aparelho, coisa, identificador de semelhantes, gaydar, o que lhe quiserem chamar…

Num post anterior, intitulado de Gaydar (obviamente), queixava-me de ter vindo ao mundo desprovida de semelhante “coisa”. Ora este teste, veio dizer-me o contrário, que tenho um sim Sr.ª, que funciona em 75% dos casos e que funciona melhor com mulheres do que com homens (surpresa).

Confesso que ao fazer o teste recorri a todos os estereótipos físicos que conhecia, as unhas, as sobrancelhas, a roupa, etc. mais do que intuição, a técnica escolhida foi: por exclusão de partes, e obviamente, em alguns foi uma escolha em desespero!

Estou deveras surpreendida com o resultado. Este fim-de-semana (em que estarei ausente deste canto virtual, com direito a ponte e tudo) vou andar de gaydar na mão a ver como ele se porta. Ainda só não decidi se, cada vez que o gaydar der sinal vou perguntar directamente às pessoas sobre a acuidade da informação que a minha “coisa” me proporcionou, talvez seja melhor ficar quietinha ou habilito-me a ter um fim-de-semana entre médic@s e enfermeir@s!

Fica em pé de post o link para o teste, divirtam-se e contem como correu!

Bom fim-de-semana a tod@s!

http://www.okcupid.com/gaydar

Responda se Souber XIX

quinta-feira, agosto 10

Porque é que os blogs das lésbicas são na maioria escritos por um casal?

(Para informação complementar este é escrito por duas amigas e um amigo, e ainda assim, à espera de volutári@s que se juntem a nós – inscrições abertas - requisito único: saber escrever sobre a homossexualidade feminina ou outras coisas giras)

The L Word Party

quarta-feira, agosto 9

Encontrei este blog de um único post (link no titulo deste post)!
A ideia parece interessante, muito interessante…
Mas de facto um blog, um post, pouca informação, deixa um pouco a desejar e a credibilidade do mesmo fica posta em causa!
Alguém por aí pode acrescentar informação? Confirmar a intenção? Ou outra coisa qualquer!?!

Eu queria mas ELA não me deixou!!!

terça-feira, agosto 8

É verdade, eu queria fazer uma daquelas saídas do armário á Hollywood. Com direito a festa e tudo. Quiçá com fogo de artificio incluído.
Devia ter eu uns 20 aninhos e achava que tinha de dizer a todos os meus amigos e familiares ( leia-se Pai e Mãe, que para os outros estou-me borrifando) que era Gay. Pensava eu que estaria a viver uma mentira se não o fizesse. A minha ideia era reuni-los a todos e no final da soirée, como que saindo de dentro de um bolo gigante, faria a grande revelação, aquela que eu pensava ser a revelação do séc. XX. Sim, eu tinha a mania que era importante e que tudo girava á minha volta. (suspiro)
Como não sei ficar calado, revelei o meu plano á minha melhor amiga ( por enquanto vamos tratá-la apenas por MA) pensando que ela me ia apoiar. Estava redondamente enganado. A sua reacção, quase em pânico, coitada, foi só uma. “ Tu não sejas louco ao ponto de fazer uma coisa dessas”, disse, explicando-me depois que “não havia necessidade de eu fazer algo tão drástico, de ser tão directo pois muitas vezes as pessoas que estão próximas de nós sabem exactamente tudo e lidam com isso da melhor maneira que sabem…mas ouvir alto e bom som o que eu tinha para dizer causaria traumas irreversíveis” (exagerada). E provavelmente eu estaria a fazer shows no Finalmente hoje em dia.
Resta dizer que, sendo uma pessoa racional q.b., não fiz a tal revelação como eu queria fazer. Alias, não a fiz mesmo! Graças a quem?
Á MA!!! Ainda hoje brincamos e rimo-nos desta história e ainda hoje eu agradeço esta MA ter cruzado o meu caminho.

P.S.É claro que acabámos por fazer a festa, mas sem bolo gigante comigo lá dentro.

Uma breve intro...

Minhas Senhoras e meus Senhores (partindo do principio que não sejam apenas leitoras do género feminino), cedendo a vários pedidos de famílias monoparentáis, este blog, esta pérola da literatura contemporânea, tem mais um colaborador. É verdade, UM colaborador.

Sendo este um espaço que serve o propósito de reflectir sobre a homossexualidade feminina, o que tentarei fazer com os poucos recursos que tenho, e outras coisas giras que vão aparecendo, ora poderão ter a certeza que me debruçarei, porque toda uma vida adorei debruçar-me fosse sobre o que fosse, sobre essas coisas engraçadas.

" Mas se é um gajo, porque é que utiliza um nome como Miss Shirley B.?" talvez perguntem vocês. Ora, como é do conhecimento geral, e se não era passou a ser após a pertinente pergunta que AR fez no dia 26 de Julho, os Gays, pelo menos os que eu conheço, e olhem que são bastantes, tratam-se por " melher", logo, eu tenho que ser fiel aos meus princípios e como sou fã incondicional da Shirley (era ela ou a Barbra, sim, é assim mesmo que se escreve) tive que lhe prestar esta homage.

Espero não tê-los aborrecido com esta extensa introdução, mas achei que não devia entrar logo a matar...até porque sou uma pessoa super bem-educada.

Como a minha Mãe me tirou do "armário"

segunda-feira, agosto 7

Ainda não percebi muito bem porque é que ela (a Sr.ª minha mãe) o fez! Deve ser aquela mania das limpezas que as mães têm, e resolveu que devia arejar o armário que já não era arejado à uns 30 anos. Enfim, vamos lá à história, a mais uma vergonha na minha vida, qualquer dia este passa a ser o blog do “há vida em Markl 2”.

Ora, apareço eu em casa com uma namorada nova (sempre fui apresentando as namoradas, como amigas que iam passar o fim-de-semana. A mãe mora numa zona de veraneio, por isso sempre esteve habituada aos fins-de-semana dos meus amigos). Chegamos já tarde, pousámos as malas no hall e sentamo-nos na sala para as apresentações e primeiras conversas antes de jantar, até que fazendo-se hora de jantar, a Sr.ª diz:

Mãe – Vão lá meter as coisas no quarto, já fiz a vossa cama e vamos jantar!

“Já fiz a vossa cama” ressoaram-me as palavras na cabeça (normalmente lá em casa todas as camas estão feitas, e depois logo se decide quem dorme onde), olhei para a namorada com um ar de estranheza (tínhamos estado a discutir como íamos descalçar a bota de dormirmos juntas), ela sorriu como se fosse a coisa mais natural do mundo (outra estranheza, porque supostamente a namorada era “straight” até à uns meses atrás, e nunca tinha estado numa situação destas), seguimos para o quarto!

Dia seguinte de manhã, o meu amigo gay de estimação tinha ficado de dar boleia à minha mãe, que tinha ido pôr o carro à revisão perto da casa dele.

Acordo com o telemóvel a tocar, atendo e segue-se a conversa entre mim e o Meu Amigo Gay de Estimação (que de agora em diante passa a sigla MAGE):

Mage – Mor! Nem vais acreditar a conversa da tua mãe!
Eu – Mas não estás com ela?
Mage – Estou. Mas ela foi ali a uma loja e eu aproveitei para te ligar, é que acho que tens de te preparar para o que aí vem!
Eu – O que me vai sair na rifa agora?!? Diz lá o que se passa…
Mage – Ela vinha no caminho a dizer que “sim Sr.ª esta é muito melhor que a outra, muito mais simpática, com outra cabeça, que está aprovada” e por ai fora… E com a pica com que ela está, prepara-te que vai haver conversa!
Eu – (pânico) Sério? Não podes estar a gozar, estou a acordar, tu não me gozes, tu sabes que eu não consigo pensar de manhã!!!
Mage – You wish darling!
Eu – Ok! M****! Vou acordar e já se vê! You’re an angel, thanks!
Mage – Depois contas-me tudo…

Ok, antes de mais banho, tenho de acordar. Saio do banho e deparo-me com este lindo espectáculo. A mãe deitada na cama com a namorada, as duas na amena cavaqueira. Todo o meu corpo entrou em alerta vermelho, de tal maneira que ruborizei violentamente. Cumprimentei as duas e fui à procura de roupa para me vestir, nisto a namorada levanta-se e vai para a casa de banho tomar o seu duche.

Eu estou a transpirar por poros que eu nem sabia ter, a mãe de sorriso rasgado, deitada preguiçosamente na cama abre as hostilidades:

Mãe – Muito bem, estou a gostar!
Eu – Han? (eloquente, eu sei)
Mãe – Sim, esta é muito melhor que a outra!
Eu - ……….. (queixo a bater nos joelhos)
Mãe – É mais gira, mais madura, tem mais cabeça, e é mais a tua cara!
Eu – Oh mom, não é bonito comparar assim as pessoas, nem eu consigo fazer isso!
Mãe – (sempre contundente) Mas é verdade, e tu sabes!

Não consigo continuar a conversa (já estava enternecida), beijo na mãe, seguido de um “Estou cheia de fome”! E ala que vão elas todas para a cozinha…

Agora digam lá que a mãe não tem pinta?! E último acrescento, ela na altura estava com 58 anitos…

Love you mom! Thanks!

Pai, mãe tenho uma coisa para vos dizer!

Um dia uma amiga descrevia-me a forma original como um amigo seu “saiu do armário” para os pais.

O rapaz em questão saiu pela primeira vez de casa para ir morar sozinho (não sozinho, mas com um colega). Depois de escolhida a casa, levou os progenitores a conhecer o espaço. A casa era um T1 na zona de Lisboa. Ao terminarem a visita guiada pela casa, e pelo quarto equipado com cama de casal, perguntaram:

- Vais aqui viver com fulano X? E o outro quarto?
- Qual outro quarto? Vamos viver aqui e na mesma cama!

Sem mais conversas os progenitores abandonaram o ninho do pecado, com o Sr. seu pai a ter uma “coisa”! De toda a forma, a história teve um final feliz, no que diz respeito a pais e filho.

Continua a ser a "saída do armário" mais difícil para todos nós!!! Raios…

Amanhã talvez conte como a minha mãe me tirou do armário!

Skin

domingo, agosto 6

Mais uma curta volta pelo Sudoeste, desta vez para ver Skin!
Sim, Sr.ª! A mulher é efectivamente uma leoa em palco! Só a trago ao blog porque é uma inquestionável membro da equipa, neste seu novo álbum até tem uma musica intitulada “lilás”, algumas letras alusivas ao amor no feminino, e um espectáculo que deixa água na boca… Sim, fiquei com vontade de rever a Sr.ª, a próxima vez que se encontrar por cá, eu lá estarei.

Ela e eu (só em sonhos)!

sexta-feira, agosto 4

Ontem aconteceu-me o que à muito eu temia que me voltasse a acontecer!

Vi aquela que é a mulher dos meus sonhos! Já me tinha acontecido antes, com outra mulher (pelo menos permitam-me que nos sonhos “fiel” seja unicamente comida para cão).

Ora cá vai o relato do sucedido:

Festival Sudoeste (e não me voltam a apanhar em festivais depois deste, não é definitivamente a minha praia), uma e pouco da manhã, Matafix ao longe. Olho e vejo-a, parada, linda, olhar perdido no nada, a 10 metros de mim… Fico vidrada, completamente vidrada, uma amiga com quem eu estava a falar vira-se para ver o que se passa (para onde eu estava a olhar), percebo que por momentos tinha saído da conversa, do festival, da terra! Sorrio para a minha amiga (com o ar de: desculpa lá, não és tu que estás a ser chata, sou eu que sou estranha, o meu cérebro às vezes pára, e fico com este ar de quem a qualquer minuto vai desatar a babar-se e a fazer movimentos catatónicos), recomponho-me, mudo de posição para poder continuar a olhar sem dar muito nas vistas.

- “Uau! Que espécimen! Saiu-lhe o euromilhões genético!”

Passados 15 minutos de pura alegria visual ela vai-se, mas para um sítio do qual eu sei que tem de voltar, e voltar a passar ali. Mais quinze minutos a controlar as movimentações, à espera que aquela miragem voltasse. Nos 30 segundos em que me distraio, ela aparece, eu olho, ela vinha na minha direcção e pela 1ª vez a olhar directamente para mim. Eu envergonho-me, não a consigo fixar, ruborizo, desequilibro-me e faço um passo de dança estúpido para recuperar o equilíbrio, levanto os olhos para ela, ela está com aquela cara: festivais nunca mais, é só bêbados, olha-me para esta nem se tem em pé!

(Vais ver o que te vai acontecer esta noite em sonhos, vais pagar caro por eu me ter envergonhado! Aí vais, vais, bem caro caríssima, bem caro).

Amigas Straight

quarta-feira, agosto 2

Uma vez numa conversa com uma amiga da equipa, ela disse-me uma coisa interessante:

Amiga - Não te acontece quando sais do armário para uma amiga «straight», ela ficar um pouco estranha?
Eu – Estranha? Como estranha?
A – Estranha, parece que ficam com curiosidade, e insinuam-se levemente!

Até aqui nunca tinha reparado. Confesso também que a minha saída do armário para a grande maioria dos meus amigos é recente (2 anitos ou 3), mas depois desta conversa comecei a reparar. Não é que a amiga estava cheia de razão (ou isso, ou estou a alucinar).

Mas de facto, a maioria das amigas insinua-se levemente, quase como que a dizer: “- Então tu que és lésbica nunca te fizeste a mim!?! Tenho alguma coisa errada?!?”

Mas assim que fazemos qualquer movimento para dizer que eventualmente até pode haver algum interesse, é vê-las a correr em direcção oposta (hilariante, visto da perspectiva de quem já está à espera da reacção, hilariante).

O passado que me bateu à porta!

terça-feira, agosto 1

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
A cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Para te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida.

António Carlos Jobim / Vinicius de Moraes

Porque hoje dei de caras com esta letra, porque me puxou para um alguém onde gostava de regressar (não sei por quanto tempo, nem se chegando lá não voltaria embora a correr), porque foi a pessoa que talvez mais tenha amado e consequentemente a que mais magoei.

- Desculpa-me tu se conseguires. Eu tenho tentado!
- Já deixou de doer? Já deixei de te doer? Aqui a dor acabou!
- Tenho pena de não conseguirmos ter uma amizade, mas como poderíamos? Se nem no amor uma relação foi conseguida!

Eu sei que sou uma mentecapta relacional, uma besta em constante fuga de mim, das dependências, das unidades, e claro, de ti, e possivelmente de todas as outras que cruzarem o meu caminho… Mas acredita que nunca pensei que pudesse fazer-te tão mal (mas duvido que soubesse fazer diferente, algo em mim cega, torna-se uma questão de sobrevivência)!

Resta-me o tão sórdido: Desculpa-me!

 

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