Alma Rasgada

segunda-feira, julho 24


Assino os meus “postes” com AR, as iniciais de Alma Rasgada.
Não é um “nick” depressivo (como podem ver pela seriedade e tom taciturno dos meus postes), foi somente um nick que ficou de um sentir. Um sentir que às vezes me arrebata. Um sentir que aparece quando um grande amor se (es)vai (pelas minhas contas, é um por década). Esse é o sentir que depois se cola a mim durante muito tempo (2, 3 anos). Um sentir persistente, um sentir de que a minha Alma foi Rasgada.

Como em qualquer tecido delicado, cozer um rasgão torna o tecido funcional, mas inestético. A vida vai sempre cozendo a minha Alma, ajudada por amigos e pessoas que se cruzam na vida, no sentir e na cama!

Mas quando olho a minha Alma vejo-a feia, vejo-a cozida, dorida e inestética! A primeira vez que a senti Rasgar, achei que tinha sido o fim, que nunca mais a minha Alma estaria funcional. Mas com o passar do tempo, da vida, um dia acordei e vi que estava cozida, apesar de mais feia, ela funcionava!

Nesse dia decidi que o rasgão cozido teria de ser tapado, lembrei-me de o tapar com um “patch” (remendo, em português, acho), (para que fiquem com uma ideia – lembram-se do casaco do Tom Cruise no Top Gun??? – piroso eu sei!), o melhor patch que encontrei foi uma tatuagem. Tatuar em arte a dor que me assolou, para que me lembrasse que a vida coze a Alma.

Chegou a vez de me tatuar de novo, de tapar mais um rasgão cozido! Desta vez tatuarei o símbolo da Entropia!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Se vais tatuar a entropia ... desconfio que seja dos ultimos remendos que vais fazer. Eu ainda ando à procura de fio ... para rementar o que não pode ser colado.

Anónimo disse...

Adorei a frase "..a vida cose a Alma". É reconfortante saber que alguém acredita nisso. Os meus parabéns pelo texto. Nada mais a acrescentar!!