sábado, julho 8
Uma esplanada frequentada maioritariamente por membros da equipa. Domingo à tarde, recuperando da noite anterior, jornal, cafés, cigarros, óculos escuros e água. Mesa ao lado da minha, duas pessoas, ela notoriamente da equipa, ele não consigo descortinar. Ouvido de passagem o diálogo que se segue:
Ele – Aquela série da dois é arrojada! (The L Word – ou na melhor tradução de todos os tempos - a Letra L)
Ela – Sim, gosto muito, já a tinha visto! Tenho em DVD as 3 épocas da série!
Ele – Mas é um bocado “holywoodesca”! Aquilo não é assim na vida real, nem elas são tão bonitas.
Ela – Sim, mas é uma série de entretenimento, ficcionada… Mas está muito bem feita, e aborda um pouco de todos os assuntos das mulheres, mesmo que de uma forma leve!
Ele – E tem cenas de sexo que devem agradar a quase todos os homens.
Ela – Calculo, embora duvido que o propósito seja esse!
Ele – Pois, mas continuo a achar que devia ser mais real, vê-se logo que aquilo é muito ao estilo americano.
Ela (visivelmente alterada) – Eu não entendo! Vocês vêem a playboy e ninguém refila que aquelas não são as mulheres do dia-a-dia, vocês vêem filmes de acção em que os heróis não morrem depois de levar com uma ogiva nuclear na testa, e quando aparece uma série de gajas, para gajas, vocês prefeririam que fosse o National Geografic Wild Life presentes: The Lesbians.
(Ora toma que já almoçaste apeteceu-me dizer por trás dos meus óculos escuros. E no meu pensamento passeavam ainda as imagens de um documentário, que retratava as férias de um grupo de lésbicas inglesas em Lesbos. Foi muito mau… Muito mau… Viva “The L Word”.)
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