terça-feira, dezembro 11
Nos comentários do post abaixo, pediram-me para definir infidelidade, coisa à qual eu andava a fugir, porque (ainda) não consegui perceber os limites do conceito. Portanto, vou pensar alto, unicamente sobre as chamadas zonas cinzentas da coisa, pode ser que me dêem uma mão.
- Pensar em ser infiel, ter vontade de ser infiel, conta?
Às vezes penso em matar alguém, tenho mesmo vontade de o fazer, mas se não o fizer não é por isso que me prendem. Podem dizer que é indicador de que a relação não vai bem, pode ser que sim, but then again, se a vontade e o desejo incidir em alguém que não conhecemos, assim tipo a Angelina Joli, para a maioria das pessoas não é indicador de nada em especial, a não ser bom gosto.
Será infidelidade mesmo assim?
- Flertar (seduzir) conta?
Esta acho que depende da proximidade da namorada. Se ela estiver por perto, trata-se apenas de uma tremenda falta de respeito. Se ela estiver longe, normalmente, é uma excelente massagem ao ego (não me atirem pedras já). De toda a forma, flertar sem a intenção de concretizar é uma tremenda falta de respeito para a outra pessoa e um jogo arriscado.
Mas será infidelidade?
- Qualquer tipo de contacto físico de índole sexual que não seja sexo, conta?
Para que esta aconteça já terão de ter acontecido as duas primeiras, e, como diria o outro, à terceira é de vez… Esta coisa do contacto físico de índole sexual que não seja sexo, só pode ser considerado enquanto tal se as duas primeiras já tiverem acontecido. É completamente diferente que a minha namorada dance com uma amiga, ou que dance com uma pessoa com quem ela tenha flertado e pensado em ser infiel (podem dizer-me que eu talvez não dê pela diferença e terão toda a razão, mas adiante).
Ainda assim, será infidelidade?
Acaba aqui a minha imaginação para as zonas cinzentas, aceitam-se mais perguntas e repostas.
- Pensar em ser infiel, ter vontade de ser infiel, conta?
Às vezes penso em matar alguém, tenho mesmo vontade de o fazer, mas se não o fizer não é por isso que me prendem. Podem dizer que é indicador de que a relação não vai bem, pode ser que sim, but then again, se a vontade e o desejo incidir em alguém que não conhecemos, assim tipo a Angelina Joli, para a maioria das pessoas não é indicador de nada em especial, a não ser bom gosto.
Será infidelidade mesmo assim?
- Flertar (seduzir) conta?
Esta acho que depende da proximidade da namorada. Se ela estiver por perto, trata-se apenas de uma tremenda falta de respeito. Se ela estiver longe, normalmente, é uma excelente massagem ao ego (não me atirem pedras já). De toda a forma, flertar sem a intenção de concretizar é uma tremenda falta de respeito para a outra pessoa e um jogo arriscado.
Mas será infidelidade?
- Qualquer tipo de contacto físico de índole sexual que não seja sexo, conta?
Para que esta aconteça já terão de ter acontecido as duas primeiras, e, como diria o outro, à terceira é de vez… Esta coisa do contacto físico de índole sexual que não seja sexo, só pode ser considerado enquanto tal se as duas primeiras já tiverem acontecido. É completamente diferente que a minha namorada dance com uma amiga, ou que dance com uma pessoa com quem ela tenha flertado e pensado em ser infiel (podem dizer-me que eu talvez não dê pela diferença e terão toda a razão, mas adiante).
Ainda assim, será infidelidade?
Acaba aqui a minha imaginação para as zonas cinzentas, aceitam-se mais perguntas e repostas.
8 comentários:
Desde que o excesso de cálcio não dê um volume demasiado grande às nossas cabeças..., por isso é que o reis viviam em palácios.
Ora aí está o post que vem resumir de uma forma prática e concisa a questão da infidelidade. Muitos, mas muitos parabéns! Estava a ver que ninguém conseguia!
Eu pensei em escrever um que seria mais ou menos assim (sem a cena das zonas cinzentas, mas confesso que gosto muito mais do teu): "Envolveste-te em carícias físicas, beijos com língua e/ou cópula com outra pessoa que não a pessoa com quem tens uma relação? Sim? A pessoa com tens uma relação descobriu? Sim? Então foste infiel.
Não descobriu? Então não foste."
Mas depois achei melhor não. O teu é muito mais giro.
Mais um excelente post!!!
"- Pensar em ser infiel, ter vontade de ser infiel, conta?"
Se essa vontade for com a Angelina (alguém que parte muito de um imaginário e da imagem que os midia nos passa), não é infidelidade.
Se por outro lado for alguém que nos é próximo, aí já diria que existe infidelidade, pois as probabilidades desse desejo se realizar são muito maiores.
"- Flertar (seduzir) conta?
Esta acho que depende da proximidade da namorada. Se ela estiver por perto, trata-se apenas de uma tremenda falta de respeito"
Concordo a 300%
Não me parece que seja infidelidade, é bom para o ego mas é um "jogo" que temos de ter a noção quando o árbiro apitou e o mesmo está terminado.
"- Qualquer tipo de contacto físico de índole sexual que não seja sexo, conta?"
Aqui depende do estado de espírito quando se parte para o contacto físico. Se for com "malandrice", a infidelidade está lá, se por outro lado o contacto acontecer por simples diversão e brincadeira, nada contra.
Esta foi debatida há dias quando confraternizava com umas amigas:
Oferecer uma bebida a alguém que não faz parte do nosso "leque" de amig@s mas que já trocámos umas palavras durante a noite, conta?
Só quem é muito ingénu@ é que oferece uma bebida sem pensar que quem a recebe pode interpretar esse gesto como um convite para uma aproximação. Será infidelidade?
Caramba, não sei o que se anda a passar com o mulherio que anda tudo interessadíssimo com esta polémica sobre a infidelidade! É o tema mais discutido e com mais comentários...
Já chegámos até a uma série de conclusões nos comentários aos posts que eu, a Insaciável e a Duca pusemos a debate nos nossos blogs e que podem servir para esclarecer algumas das tuas zonas cinzentas.
Começa pela definição de infidelidade. Garante a maior parte dos comentadores que a infidelidade começa na cabeça, troca de palavras, sorrisos, etc. A sua concretização é adultério e não infidelidade, pelo menos foi isto que percebi.
Assim sendo, todas as tuas zonas cinzentas se situam na definição de infidelidade, mas não de adultério, traição, deslealdade, seja lá o que for.
Chegámos também todos, julgo eu, à conclusão que, relativamente à tua 1ª zona cinzenta, não há praticamente ninguém (que não seja mongo) que não tenha sido infiel. Embora a questão não se coloque tanto em termos de "pensar em ser infiel, ter vontade de ser infiel", mas "pensar em alguém que nos atrai, sentirmo-nos atraídas por alguém". Do sentir-se atraída a ter vontade de ser infiel vai alguma distância. E essa distância pode ser muito determinada pelo facto de as coisas no casal estarem bem ou mal. Sentirmo-nos atraídos por alguém, seja intelectualmente, seja fisicamente ou as duas coisas ao mesmo tempo, ainda não é sinal de alarme numa relação.
Flirtar ou seduzir alguém já é um pouco mais complicado de classificar, embora haja pessoas que não consigam sentir-se vivas sexualmente, auto-confiantes, seguras, se não puserem à prova a sua capacidade de sedução, sem que isso seja uma indicação de que estão disponíveis para algo mais do que isso mesmo, ou seja, para chegarem até ao adultério. Pode ter a ver com a frustração das suas vidas, com a rotina, com um mal estar com o seu corpo, com poder, com falta de amor já pela parceira, etc. Os ingleses chamam a essas pessoas "teasers". Tipo "Não .... nem saiem de cima", estás a ver? Embora essas pessoas sejam normalmente encantadoras e sedutoras, acho que podem magoar quer o seu parceiro, quer a outra pessoa, a qual pode alimentar esperanças numa aventura ou relação com a "teaser" e acabar eventualmente por magoar a sua própria parceira. Mas pronto, há mesmo pessoas assim, o que se há-de fazer? E concordo contigo quando dizes que é uma tremenda falta de respeito e de sensibilidade até faze-lo ao pé da parceira, que fica insegura, humilhada, para além de ser arriscado de facto. E garanto-te que há especialistas nesta matéria!
Quanto à 3ª zona cinzenta, aí é que "a porca torce o rabo"! É não querer mesmo ouvir todas as campaínhas de alarme e correr o risco de não conseguir deixar de pisar o risco e seguir rumo ao adultério. E é muito mais fácil a maior parte das vezes (e ilusório na maioria dos casos) começar uma nova relação do que tentar "consertar" a que se tem. Como é que dizem os portugueses? "A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha". E não é assim necessariamente!
Quanto a mim, a quem a experiência de vida já ensinou alguma coisa, posso dizer-te que quando estou numa relação e me sinto atraída por alguém, tento transformar essa atracção numa amizade a sério.
Como diz a Feronica num comentário ao post da Duca, em resposta ao meu "prefiro não saber quando a coisa não é séria", "E há lá coisa mais séria do que alguém não se conseguir conter por causa de uma coisa sem seriedade?"
Quanto ao comentário da minha esposa, estou até disposta a interiorizar, deleitada, a sua teoria de que ""Envolveste-te em carícias físicas, beijos com língua e/ou cópula com outra pessoa que não a pessoa com quem tens uma relação? Sim? A pessoa com tens uma relação descobriu? Não descobriu? Então não foste."
:)
PS. AR com a namorada linda, bem feita, sensual, simpática, encantadora, sedutora, independente, um autêntico desafio à tua imaginação, controlo, poder, etc, etc, deixa-te de zonas cinzentas e concentra-te nela!
wow! o PS. do comentario d COSMOPOLITA e de tirar a respiraçao!!!!!! oxala alguem pense isso td de mim alguma ves por um momento so. LOL
Amélia:
Sempre um passo à frente :)
Citadina:
Engraçado, eu gosto muito mais da tua versão!
Mystar:
Essa da bebida é engraçada, mais uma vez depende da proximidade da namorada!
Cosmo:
Gostei do comentário e do resumo das teorias que andam de blog em blog!
Quanto ao PS:
1- A namorada agradeçe...
2- As zonas cinzentas são meramente conceptuais, porque na realidade eu dou muito pouca importancia à fidelidade, já o adultério é diferente. Isto porque sou portadora de um virus chamado ciume zero, pelo que as zonas cinzentas são sempre cor de rosa para mim...
3- Embora o ciúme zero, há tesouros que devem ser bem guardados e muito pouco divulgados. Falo obviamente da namorada, pelo que, embora ela agradeça, eu peço encarecidamente que não divulgues este tesouro... :p
Please, parem de arranjar desculpas!!!! É claro que é tudo infidelidades.
AR
O PS sobre a tua namorada não tinha como intenção divulgar o teu tesouro, desculpa. :)
Mas devo dizer-te que acho que não és menos tesouro do que ela! Senão, porque estaria ela tão murchinha no outro dia sem ti?
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