Do Sushi ao Psicanalista

sexta-feira, agosto 31

Ontem fui jantar com um casalinho muita piroso e uma dondoca (minha 1ª experiência de Sushi. Divinal! O mesmo digo da companhia!)

Às tantas a conversa desliza para a família de origem, nomeadamente, para a relação com as respectivas progenitoras. Duas das protagonistas desta história têm relações de verdadeira amizade com as mães, as outras duas (onde me incluo) apesar de nutrirem boas relações com as respectivas mães, há coisas com as quais não falam, e principalmente não querem ouvir (claro que estamos a falar da vida sexual das progenitoras)!

O espanto foi mútuo de parte a parte, elas não compreendem como é que cada vez que a minha progenitora tenta abordar o assunto evito ouvir (metendo os dedos nos ouvidos e gritando bem alto “Lá lá lá lá”), e eu não compreendo como é que elas falam de óvulos vaginais e vida sexual com a pessoa que as trouxe ao mundo.

Perguntava-me uma delas: “Mas tu achas mesmo que a tua mãe é a Nossa Sr.ª de Fátima?”. Esta pergunta tirou-me o sono… Será que tenho necessidade de acreditar que saí de um sitio imaculado (oh narciso)? Ou é mesmo uma coisa muito lésbica em que não quero acreditar que dormi 9 meses num sítio onde pilinhas se divertem? Ou ainda, sofro um complexo de Édipo enorme e é tudo mesmo um ciúme desmedido?

(Agradeço às meninas em nome do meu analista que acabou de ganhar mais um ano de consultas à vossa pala)

World Wide Web

quinta-feira, agosto 30

Perguntava-me no último post “o que passará pela cabeça destas criaturas?”, hoje encontro a resposta num post da vizinhança… Para quem entende a língua inglesa, vale a pena passar por aqui e gastar 4 minutos a ver o vídeo.

Ainda na “onda” YouTube, passeando por aqui, encontrei o link para a séria Girltrash transmitida via web, que versa a história de 5 lésbicas que vivem no mundo do crime em L.A. (episódios de curta duração a preto e branco).

Primas

terça-feira, agosto 28

Sábado à noite dei um salto ao Bairro Alto para a reabertura do Bar Primas!
Nunca fui fã do bar em causa. Mas, como bem sabemos, há bares dos quais não precisamos de gostar para lá ir de vez em quando, especialmente quando estes bares são autênticas instituições no panorama GLBTS da noite.

Agora de cara lavada e com um look mais clean até achei piada à coisa. As obras não foram de grande envergadura, não mudaram muitas coisas, nem a mesa de matraquilhos desapareceu. Mas foi o suficiente para perder o ar pouco higiénico que lhe era característico. Hei-de voltar, pareceu-me bem, mais uma alternativa para as noites que se avizinham.

Que o Bairro Alto está cada vez mais GLBT já ninguém tem dúvidas, são cada vez mais os bares temáticos e são cada vez mais as pessoas temáticas que frequentam os espaços. Então imaginem o meu espanto, quando ao sair das Primas a caminho do Largo Camões com uma amiga, três criaturas (do sexo masculino) resolvem vir atrás de nós a berrar em plenos pulmões “Fufas, Lésbicas… Suas fufas…”. As pessoas iam passando com um olhar intrigado, nós seguimos caminho conversando pacatamente sem sequer olhar para trás…

Pergunto-me o que passará pela cabeça destas criaturas?

Coitadinho do "Cocodilo"

segunda-feira, agosto 27


E agora algo completamente diferente. E porque os últimos dois posts teimam em não me sair da frente cada vez que abro o "Lésbica" e porque estas coisas que figuram na foto acima teimam em assombrar o meu verão, apetece-me divagar sobre esse disparate que dá pelo nome de Crocs. É que já não se suporta esta visão...

E o pior é que, tal como na canção da Lena D´agua em que o "robot é pró menino e prá menina" também os Crocs são prós meninos, prás meninas, prás mamãs, prós papás, prás avós e prós avôs e não sei se já não terão inventado também para os animais de estimação (se não, corram já a patentear, que a tia Shirley oferece a ideia).
Dizem-me (os amigos da onça): "Ó melher, quando calçares um par não vais querer outra coisa nos pés!"
Eu não duvido que sejam confortáveis, afinal de contas até aquelas senhoras que trabalham á beira da estrada os usam (eu vi com estes olhos que vão ser doados á ciência) e, verdade seja dita, ninguém "dá ao pé" tanto quanto elas e assim sempre alegram a vista dos que NÃO são clientes. O que eu me fartei de rir este verão cada vez que passava por elas a caminho de casa, e isto em Vilamoura, o que tinha muito mais graça. E mais, cheguei a ver homens (arham) de fato azul escuro e de, pasmem-se, Crocs laranja. LARANJA! Juro que nesta altura cheguei mesmo a sentir-me mal e tive que ir a correr levar um banho de loja e de bom gosto.

Eu espero, com este post, não me tornar persona non grata, mas era algo que me estava atravessado na garganta, e na retina e que tinha de ser exorcizada urgentemente e que outra maneira melhor que num Blog como este, carregado de pessoas cheias de bom gosto.

Poll - Que tipo de estilo usas no teu monte de Vénus?

sexta-feira, agosto 24

(Gustave Coubert)

Como prometido hoje abrimos nova poll, desta feita a votação tem como base os penteados dos cabelinhos mais a sul (pêlos púbicos, pintelhos e todos os outros nomes horríveis que lhes arranjaram, é que não há um único que se aproveite).

Aqui está um assunto caro à maioria das mulheres, nunca conheci duas (estou a falar de contacto directo entre os lençóis) com o mesmo penteado, ou mesmo que os “penteassem” pelas mesmas razões.

Antes dos penteados e diferentes estilos de corte, vamos à diversidade de razões apontadas para estilizar ou não a zona da “entre perna” (expressão sexy esta). Entre as razões apontadas temos:
- A razão sazonal: muda-se de corte consoante o calor e a necessidade de usar bikinis e fatos de banho mais cavados, um corte para época de praia e um corte para o restante do ano.
- A razão higiénica: necessidade de os usar de determinada maneira porque é mais limpo e higiénico (para quem tiver curiosidade os pêlos mais curtos evitam cheiros mais intensos; lavar também ajuda).
- A razão estética: determinados penteados favorecem mais o monte de Vénus que outros, ou mesmo porque as donas dos montes gostam da mudança e de experimentar novos looks.
- A razão a minha esteticista passou-se – está tudo dito na razão em si, e a verdade é que acontece mais vezes do que julgamos (dá sempre uns efeitos lindos, normalmente provocados por esteticistas dominadoras, que tratam o pêlo com a crueldade de uma nazi face a um homossexual – sim, não foram só judeus que sofreram nas mãos daqueles Sr.s.)
- A razão “eu odeio pelos” – e pimba lá se vai tudo (as donas destes montes de Vénus se fossem esteticistas é que íamos ver o que era sofrer).
- A razão “eu gosto ao natural” – e nem pensem chegar perto com qualquer objecto de corte ou de arranque.
- A razão “não quero saber, não sou eu que usufruo” – (sou fã desta razão) aqui a proprietária do monte de Vénus deixa ao cuidado da sua parceira a escolha do penteado, uma vez que, considera que quem se diverte no monte é quem deve escolher como gosta de se divertir.
- A razão Ohhhhh - todo o corte é feito a pensar na potenciação do acto sexual e no gozo supremo, oh oh ohhhhhh (ou outras onomatopeias aplicáveis ao acto).

De certeza que as razões não ficam por aqui, mas a minha investigação no terreno não me deixou ir muito mais longe!

Agora vamos à poll em si “Que tipo de estilo usas no teu monte de Vénus?” Dez hipóteses possíveis, se continuasse o meu cérebro tiltava.
Ao natural; Só aparado; Moicana; Moicana aparada; Pente 1; Desenhos; Triangulo perfeito; Alguns por cima; Rastas; Nem um para contar como foi…

E juro que é a última vez que A (ela, a dita cuja, a serventia do marido, o pipi, etc.) ponho a votação (próxima vitima as mamas)…

Poll – Orgasmo na Relação Lésbica

quinta-feira, agosto 23

Hoje termina a votação sobre o orgasmo na relação lésbica e segundo os resultados aqui obtidos, os nossos orgasmos são bons e recomendam-se. Nesta poll contou-se 698 votos.

Ficamos a saber que a grande maioria das repostas (42%) situam-se entre “tenho quase sempre” 19%, “tenho múltiplos” 17% e “tenho ejaculação feminina” 16% (Uau). “Tenho a maioria das vezes”, “umas vezes sim, outras não” e “depende da minha parceira” reuniu 28% dos votos contados. Ficando com o menor número de repostas “tenho, mas só quando me masturbo”, “não tenho, mas finjo na perfeição” e “não tenho orgasmos” com 14% do total de votos. Por fim, com 6% das repostas ficou “Nunca tive um, mas também nunca tentei” (vão sempre a horas de começar).

Amanhã estreia-se a nova poll que estará a votação até ao final do mês de Setembro.

(Por falar em orgasmos, neste caso visuais, de segunda a quinta na RTP2 às 00:30h está em reposição a segunda temporada “The L Word” e em breve estreia a 3ª temporada)

Teste Psicotécnico

terça-feira, agosto 21

Eu sei que às vezes sou lenta, burra mesmo, não sei explicar é uma coisa que me acontece (que o digam os meus amigos que às vezes desesperam), quando assim é preciso que me expliquem as coisas devagarinho e com jeitinho (eu gostava que fosse sempre assim, mas não, às vezes berram-me e pronto). Esta introdução toda para ver se alguém me explica com jeitinho a seguinte notícia:

“Aprovado no concurso de ingresso na Polícia Federal em 1993, Badenes foi reprovado na segunda etapa de um teste psicotécnico por não atingir um “determinado grau de heterossexualidade”.O exame psicotécnico constante do processo era aplicado baseado na tese de que “a escala de heterossexualidade tende a mensurar a quantidade de energia que o indivíduo desprende para o sexo e a direcção dessa canalização energética em termos psíquicos. Esse dado é necessário, pois complementa outros que analisam a energia vital do indivíduo, bem como sua predisposição para o trabalho, persistência, produtividade e resistência à fadiga e frustração”. Este teste não é mais adoptado”

Estou confusa. Os Sr.s quererão dizer que os heterossexuais têm mais predisposição para o trabalho, persistência, produtividade e resistência à fadiga e frustração? Não pode ser ninguém seria tão burro a esse ponto, sou mesmo eu que não estou a entender onde querem chegar, só pode! Alguém menos confuso que eu que se queira chegar à frente e explicar-me com jeitinho eu agradeço.

Lesboa

segunda-feira, agosto 20


Aproxima a festa do 1º aniversário da Lesboa Party, marcado para 28 de Setembro. Mas antes da grande festa, a ‘Entre Virgulas’ vai organizar do dia 15, a festa da 11ª edição do Queer Lisboa (nova designação do Festival Gay e Lésbico de Lisboa) mais informações aqui.
Este vai ser um mês longo…

49 Hoje

quinta-feira, agosto 16


Happy Birthday... (Para mim serás sempre a minha Virgem)

Viva a Srª Foster

quarta-feira, agosto 15



A Srª Foster é capa da revista MORE deste mês. Eu não conhecia a revista mas aparentemente é para mulheres acima dos 40 anos…e a nossa Jodie Foster já tem 44. É verdade, e quem olha para ela não diria. E não me parece que haja muito photoshop envolvido. Tomei a liberdade de traduzir partes do texto, mas quem quiser ler o original em Inglês e na integra podem visitar o blog que me “emprestou” o artigo. O link está no titulo.

O que diz sobre os seus ídolos:

“Katharine Hepburn teve uma longa carreira. Eu estou ansiosa por envelhecer no ecrã, de fazer filmes quando tiver 65 ou 70 anos e fazer papéis de mulheres realmente mais velhas. Adorava ter a carreira da Meryl Streep mas não tenho a certeza se quero trabalhar tanto o quanto ela trabalhou enquanto tinha 50 anos”

Trabalha, filha, trabalha, que nós estamos cá para te aplaudir.

O que diz sobre as cirurgias plásticas:

“Não é a minha “cena”…prefiro que alguém diga: Wow, aquela rapariga tem um nariz enorme” do que dizerem: “Wow, aquela rapariga fez uma péssima plástica ao nariz”. Prefiro que comentem acerca de quem eu sou do que acerca de algo de que eu me envergonho”

Pois querida, com esse palminho de cara até eu. Vê lá se queres apanhar um estalo.

Sobre o controlo de armas:

Isso é lá nos States, e sinceramente a mim pouco me interessa. Desculpem a frieza, mas é assim mesmo!

Sobre a solidão dos actores:

Eu acho que por esta altura a Srª já devia estar um bocado “grossa” porque a resposta não me parece muito coerente…Mas sabe-se lá o que vai na cabeça destes artistas. A mulher fala sobre o facto de estar 4 dias dentro de uma piscina de sangue falso ( espero que seja uma cena do seu próximo filme) e então acha que é por isso que não deve fazer mais do que um filme por ano.

Pois nós achamos exactamente o contrário, Clarice.

Sobre o facto de ser famosa:

“Aprendi uma série de lições ao longo dos anos. Uma delas foi que se eu não fosse famosa e ninguém soubesse quem eu era, seria perfeitamente feliz”

Ora sai mais um shot de Vodka prá Srª Foster, que diz que está com sede.

Sobre a família:

“De vez em quando tenho um daqueles dias em que já alimentei o peixe, limpei 10 cócós do jardim, levei o gato ao veterinário, cosi o equipamento de Karate do meu filho até sangrar dos dedos e certifiquei-me que ele teria tudo pronto, e ele acorda e diz: “Oh, o que é o pequeno-almoço?” Ele não sabe, e porque haveria de saber? Mas não há absolutamente nenhum reconhecimento ou prémio para o que eu faço. Excepto o facto de os meus filhos crescerem para vir a ser pessoas maravilhosas. Dou por mim na garagem a ouvir NPR (???) porque quero ter um lado estimulante na minha vida. O único problema em ter crianças é que sinto falta de estar sozinha.”

Sobre o facto de ter 44:

“Acho que já não há pressão nenhuma. A parte mais forte das minhas neuroses pessoais é que me sinto responsável por tudo. Ponho tanta pressão em mim mesma, e sempre o fiz desde miúda. Há algo de bom acerca de se ter uma certa idade em que já se tomou tantas decisões. Tantos caminhos “não-escolhidos” estão para trás, e já não temos que nos preocupar mais com eles.”



Nota do tradutor:

Espero que @s car@s leitor@s compreendam que isto é uma tradução livre. Super livre. Caso haja alguma reclamação é favor remeter para a provedora do "Lésbica".

Conversas na Net

segunda-feira, agosto 13

Tem-se desenrolado na blogoesfera uma discussão interessante sobre a identidade sexual, a propósito dois temas, o primeiro sobre a prática do sexo anal, a segunda sobre o barco, na Pride de Amesterdão de 4 de Agosto, que era composto por jovens gays dos 11 aos 16 anos acompanhados pelos pais.

Eu não sou de participar nestas discussões, nem quando o meu interior entra em estado de sítio e quer vir cá para fora, por dois singelos motivos; primeiro porque este tipo de discussão acaba quase sempre em agressões verbais e eu sou pela paz; segundo porque considero a liberdade de expressão como o maior bem que temos, seja para fazer um blog como este, seja para fazer um blog homofóbico. Participar em discussões (que considero ser saudável e desejável) para mim, só faz sentido se as pessoas estiverem de mente aberta, que as suas opiniões não sejam rígidas e bem estabelecidas nas crenças individuais de cada um, e este não é o meu caso, sobre as questões LGBT tenho ideias muito claras, logo, não vou discutir.

Mas tropecei em dois textos (linkados no Womange a Trois) que me deixaram agradavelmente surpreendida, que já agora gostaria de aqui deixar para quem tiver curiosidade. “Uma falácia dentro de uma imprecisão mascarada de uma evidência” & “Uma conversa que nunca acaba”.

O melhor que o Mundo ( e o Verão) tem

sexta-feira, agosto 10

!!! Atenção!!! Post não aconselhado a pessoas sensíveis a assuntos relacionados com crianças. Obrigado.


Há uma série de razões pelas quais eu detesto ter de trabalhar no Verão. Uma delas, claro que é pelo simples facto que preferia estar num sitio remoto, sem gente ao meu redor e "mamando" Caipirinhas, ou outra bebida qualquer desde que alcoólica, com ou sem companhia e sem barulho. Mas como o meu trabalho não o permite, lá tenho que aguentar mais esta season. Tenho ainda que salientar o facto de estar no Algarve que é o destino de eleição para milhares de famílias do mundo inteiro. E essas famílias quando vêem de férias trazem o quê com elas, além da bagagem? CRIANÇAS. Muitas crianças. Eu não consigo compreender como alguém pode afirmar que há um défice de natalidade quando o que não falta por aí são criancinhas. Aos pontapés. Literalmente. Atenção que isto não significa que eu não gosto de crianças. Gosto, mas das mais crescidinhas...assim, com 20 aninhos e já com pelo no peito. São amorosas e apetitosas.
As outras? São CHATAS e a única coisa que sabem fazer é gritar. E ainda por cima têm tanta pontaria que vêem sempre gritar para o pé de mim. SOCORRO.

Noite Soft!

quinta-feira, agosto 9


Esta Sr.ª passa excelente música, já não a oiço desde do Lisboa Pride. Assim, Sábado dia 11 estarei para ouvir e dançar ao som da Dj Lara Soft.

O que se ouve nesta Lisboa quente!

Ia eu contente da vida a descer a minha rua passeando a cadela, quando passo junto a um café/tasca, daqueles que põem cá fora cadeiras e mesas encostadas à vitrina (não se pode chamar àquilo esplanada nem com a melhor das vontades) quando de repente oiço uma voz feminina vinda de um dos ocupantes das cadeiras, que deviam ser uns 4, a alto e bom som dizer o seguinte:

Voz – F*#$-se a P#$> da minha mulher que não aparece nem me atende o telefone. Daqui a pouco vou a casa e dou-lhe um enxerto C#£#%&*.

Virei-me com calma, a cadela quase que me saltou para o colo com o susto, e vejo uma mulher (nem com boa vontade lhe posso chamar Sr.ª) na casa dos 30 muito acabados, vestida com aquelas batas (de andar em casa no verão que a minha avó usava). Os Sr.s que se encontravam nas cadeiras com ela nem pestanejaram!

(E só por curiosidade, o código civil não contempla a violência doméstica entre pessoas do mesmo sexo, ou seja, entre homossexuais violência doméstica não existe, the same go's for rape)

What the Hell??!!

terça-feira, agosto 7

What the hell???!!! (o meu primeiro comentário depois de perceber uma crise existencial (AR), uma “dexistencial”(Blue) e uma ida para o Dubai (Miss Shirley)

Menin@s e menin@s para animar aqui a casa e face aos últimos acontecimentos:


Ser Homossexual É Tão Fácil!


Ser homossexual nos dias de hoje é tão fácil, tão fácil, que experimentem dizer a um homossexual que alguém da sua família (tipo um@ irmã/o de que se goste muito) que el@ poderá vir a sê-lo…
Ainda não conheci um@ únic@ que batesse palmas! Normalmente a resposta é “Epá, não digas isso nem a brincar”.

Lobby Gay

segunda-feira, agosto 6

Finalmente saiu do armário. Temos o Lobby Gay às claras! Quando o acusarem do mal do mundo já sabemos a que se referem (é que antes deste site, eu nunca tinha visto o lobby, embora me acusem de pertencer ao mesmo).

A internacionalização do "Lesbica"

sábado, agosto 4

Aproveito esta altura de regressos ao blog para dar o ar da minha graça por aqui. Admito que até já eu tinha saudades dos meus próprios disparates...e como dizia a outra: Bom filho a casa torna. E uma boa filha, como eu, entorna a casa toda.
Vou pôr-vos a par das novidades, que não são assim tantas, mas são boas (e algumas nem por isso). Apesar de andar a trabalhar que nem uma moura desde manhã á noite, de chegar a casa todos os dias por volta da meia-noite completamente rebentada (don´t even think about it!) ainda encontrei um tempinho para... casar. (Adoro o facto de que cada vez que andamos a dar "umas voltas" com alguém dizemos logo que casámos). E, pasmem-se, até tive uma filha, vejam lá vocês, mas foi só durante 3 semanas...3 LONGAS SEMANAS!!! Mas pronto, acabou tudo em divórcio, amigável, claro, e felizmente o pai ficou com a custódia da criança.

Outra das novidades é que provavelmente iremos ter aqui no "Lésbica" uma "Crónica Das Arábias", porque se tudo correr como se espera, lá vai Miss Shirley viver, e trabalhar, para o...Dubai. É que o meu Boss, de quem eu já vos falei noutras ocasiões (como aquela em que ele me tentou arranjar um namorado) está decidido a expandir o negócio para lá, e quem melhor que uma Bicha de estalo, ainda por cima portuguesa, ainda por cima que fala imensas linguas (é verdade, sou Poli-lingua), e ainda por cima solteira para ir gerir o "barraco"? Só eu!
Mas como nem tudo é um "sea of roses" desde que aceitei a proposta que ando sem dormir, já está a começar a aparecer uma pontinha de febre, e estas dores de estômago que tenho tido ultimamente, tenho cá para mim que é uma "Ursula Nervosa" a dar sinal de si...Damn, e tantas vezes que fui avisado pela AR: "Ó melher, tu vai a um psicólogo tratar esses sintomas..." Mas não, eu ainda sou estúpida ao ponto de achar que desta vez ia ser diferente. Por estes exemplos podem ver a vida atribulada aqui da Miss. Se a isto tudo juntarmos o facto de ainda não ter saído á noite este verão, podem ver o quão desgraçadinha eu ando.
Minto. A unica vez que fiquei até mais tarde na rua foi porque fui a um velório. Começa a parecer-me que este ano está a ser um "annus horribilis" (que por sinal também tem sido o único ânus que aqui a vossa querida tem vislumbrado ultimamente) ou pensavam que só as famílias reais é que tinham um? Não é verdade, apesar de ter quase a certeza que ainda sou Bragança por parte duma tia-avó que lá viveu.

Um beijinho a tod@s e até outro dia, porque não me vou já embora...e ADVIRTAM-SE!!!

Será que sou Lésbica? II

quinta-feira, agosto 2

Dizia que no post anterior que iria andar à volta dos rótulos. Dei um salto à Wikipédia e encontrei estas categorizações para “pessoas que se sentem preferencialmente atraídas fisicamente e/ou emocionalmente”: “A orientação sexual pode ser assexual (nenhuma atracção sexual), bissexual (atracção por ambos os géneros), heterossexual (atracção pelo género oposto), homossexual (atracção pelo mesmo género), ou pansexual (atracção por diversos géneros, quando se aceita a existência de mais de dois géneros).
Parece suficientemente simples. Quando não há - é A, quando é pelos dois - é Bi, pelo outro - é Hetro, pelo nosso - é Homo, por todos – é Pan. Fácil de beber como a água. O que não nos explicam (pelo menos à maioria das pessoas) é que estas coisas não têm formula como a água (relembrando a química - H2o).

Às vezes as coisas complicam-se, e de que maneira, e depois é o ai Jesus, à procura de uma categoria que nos enquadre (contextualize os nossos sentires, validando-os).

Ora pensem comigo um segundo (ou mais). A determinada altura da minha vida, eu lésbica apaixonei-me por um homem (ai Jesus), portanto momentaneamente (des)virei e passei a heterossexual, ou será que não? Não, é melhor ficar na categoria de bi. Até porque continuava a gostar de mulheres, e bi sempre é mais próximo do homo que o hetero. Mas (há sempre um mas) ele era gay, assim, talvez fosse mesmo uma relação homo (dois homo juntos a sentirem-se homos, é homo com certeza. Mas para os outros éramos hetero, ou bi para aqueles que olhavam para nós e pensavam “Estes andam tão enganados” ou como diz a M.S.B. “andam a fugir de si próprios”). Confuso?

Como o meu caso há outros com variações interessantes (não falo do António Variações apesar de que ele também era bem interessante). Algumas das minhas namoradas anteriores antes de andarem comigo eram heteros, mesmo quando estavam na cama comigo continuavam a afirmar a pés juntos que eram heteros (sim, hetero com uma namorada lésbica). Uma outra hoje assume-se como bi mas nunca mais teve uma namorada. Outra ainda diz-se bi mas nunca mais teve namorados.

Agora de facto não entendo porque me espanto, quando vejo tanta gente à procura de um teste que lhes diga se são lésbicas.

E pronto, ou passam a explicar-nos muito bem esta coisa da orientação ou qualquer dia temos todos de aderir à Pomossexualidade – “é um neologismo criado para classificar a orientação sexual de quem rejeita qualquer classificação. O termo surgiu da aglutinação do prefixo pomo (de pós-moderno) a sexualidade, e, apesar de aparentemente contraditório, é usado para referenciar quem protesta, rejeitando demais classificações, e não quem simplesmente não se importa com elas.” (Wiki)

Por via das dúvidas: eu sou lésbica, embora às vezes também seja hetero, ou bi. Mas porque insisto em dizer que sou lésbica? Porque embora acredite piamente que a “sexualidade é fluida, you go with the flow” (Shane na 1ª série do L Word) eu sinto-me lésbica. Às vezes tudo se resume à nossa realidade interna…

 

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