domingo, setembro 17
Um dia acordei e um estranho pensamento assolou-me a mente “Eu nunca tinha tentado engatar ninguém!”.
Esta falha na minha vida devia-se a um sem número de razões: 1º ainda estava no armário; 2º tive namorada durante muito tempo e só agora me encontrava livre; e 3º, não saia para sítios gay e tinha medo de atirar ao lado (em cheio numa straight e com sorte com um namorado grande).
Uma noite saí com os meus amigos da faculdade, e fomos parar a uma discoteca da noite lisboeta. Algo em mim nessa noite estava aos saltos (não sei se era da lua cheia, ou dos sapatos apertados), mas nessa noite eu fiz a minha 1ª tentativa de engatar uma Sr.ª na noite.
Ora lá estávamos nós, um grupo grande numa discoteca pequena. Eu e um grande amigo meu tínhamos engatado numa conversa séria, e continuamos a conversar ignorando a música e as pessoas. A certa altura escolhemos um sítio estratégico, com vista para a pista, bem perto do bar, e colamos ombro com ombro falando um com o outro, mas olhando os dois para a frente.
Foi quando a vi. Uma miúda com um ar agradável, que estava a dançar num grupo com outras miúdas, rodeadas de Sr.s, a quem elas não ligavam a mínima. Pareceu-me bom sinal. Comecei a fixar o olhar na Sr.ª, ela estava consideravelmente longe, de qualquer forma, lá me viu… Começaram os olhares (que entusiasmada que eu estava, que bem que me corria, a minha 1ª tentativa, a minha 1ª escolha e tudo me corria bem, havia correspondência).
Estivemos nisto uns bons 15 minutos, a conversa com o meu amigo fluía e ele nem aí para as minhas segundas, terceiras e quartas intenções. A determinada altura ela pára de dançar, e começa a fixar-me ao ponto de eu começar a desviar o olhar. Agora perguntem-me porquê…
É claro que eu só queria ver como seria, ver como me correria se eu efectivamente quisesse “caçar”, claro que não me passou sequer pela cabeça que poderia resultar, nem o que faria se resultasse (burrice, eu sei!). E agora estava confrontada com uma situação que eu não queria, nem sequer achava possível.
Ela a determinada altura começa a avançar para mim, de olhar fixo, parecia que as pessoas na pista abriam caminho à medida que ela se aproximava delas. Era mais bonita perto do que à distância, tinha um passo determinado e movia-se com segurança (estou lixada com f grande, onde me fui meter? Agora que quero esta situação não posso… O que digo ao meu amigo? Com licença que eu quero conhecer esta Sr.ª, by the way I’m Gay… Não me parecia viável)
Ela chega-se a mim, mais perto do que seria normal, puxa de um cigarro, sem nunca desviar o olhar do meu e diz:
Ela – Dá-me lume!
Eu coro, eu desvio o olhar, eu tento sacar o isqueiro (como é que ele se enleia no cinto?), o meu amigo olhava para mim e para ela, eu olho para ele com o ar de “não olhes para mim, sei tanto quanto tu”. Ele tira o isqueiro e oferece-lhe lume, ela não aceita de imediato e fica à espera que eu me continue a debater com o meu isqueiro, o meu cinto e as minhas calças. Por fim, aceita o lume que o meu amigo lhe ofereceu. Dá a 1ª passa, expele o fumo para o ar e volta-me a olhar, eu torço e contorço-me a fugir do olhar daquela felina. Ela olha uma ultima vez e diz:
Ela – Bem me parecia!
Eu respiro enquanto ela volta para a pista, olho o meu amigo e digo eloquentemente:
Eu – Ele há cada uma, vá-se lá entender… Onde íamos?
Ele encolhe os ombros e continuamos na conversa, eu mudo de posição e ponho-me de costas para a pista, para esconder a minha vergonha.
Enfim… Sai mais um pedido de desculpas público… Desculpa! Foi sem querer, inexperiência sabes…
Esta falha na minha vida devia-se a um sem número de razões: 1º ainda estava no armário; 2º tive namorada durante muito tempo e só agora me encontrava livre; e 3º, não saia para sítios gay e tinha medo de atirar ao lado (em cheio numa straight e com sorte com um namorado grande).
Uma noite saí com os meus amigos da faculdade, e fomos parar a uma discoteca da noite lisboeta. Algo em mim nessa noite estava aos saltos (não sei se era da lua cheia, ou dos sapatos apertados), mas nessa noite eu fiz a minha 1ª tentativa de engatar uma Sr.ª na noite.
Ora lá estávamos nós, um grupo grande numa discoteca pequena. Eu e um grande amigo meu tínhamos engatado numa conversa séria, e continuamos a conversar ignorando a música e as pessoas. A certa altura escolhemos um sítio estratégico, com vista para a pista, bem perto do bar, e colamos ombro com ombro falando um com o outro, mas olhando os dois para a frente.
Foi quando a vi. Uma miúda com um ar agradável, que estava a dançar num grupo com outras miúdas, rodeadas de Sr.s, a quem elas não ligavam a mínima. Pareceu-me bom sinal. Comecei a fixar o olhar na Sr.ª, ela estava consideravelmente longe, de qualquer forma, lá me viu… Começaram os olhares (que entusiasmada que eu estava, que bem que me corria, a minha 1ª tentativa, a minha 1ª escolha e tudo me corria bem, havia correspondência).
Estivemos nisto uns bons 15 minutos, a conversa com o meu amigo fluía e ele nem aí para as minhas segundas, terceiras e quartas intenções. A determinada altura ela pára de dançar, e começa a fixar-me ao ponto de eu começar a desviar o olhar. Agora perguntem-me porquê…
É claro que eu só queria ver como seria, ver como me correria se eu efectivamente quisesse “caçar”, claro que não me passou sequer pela cabeça que poderia resultar, nem o que faria se resultasse (burrice, eu sei!). E agora estava confrontada com uma situação que eu não queria, nem sequer achava possível.
Ela a determinada altura começa a avançar para mim, de olhar fixo, parecia que as pessoas na pista abriam caminho à medida que ela se aproximava delas. Era mais bonita perto do que à distância, tinha um passo determinado e movia-se com segurança (estou lixada com f grande, onde me fui meter? Agora que quero esta situação não posso… O que digo ao meu amigo? Com licença que eu quero conhecer esta Sr.ª, by the way I’m Gay… Não me parecia viável)
Ela chega-se a mim, mais perto do que seria normal, puxa de um cigarro, sem nunca desviar o olhar do meu e diz:
Ela – Dá-me lume!
Eu coro, eu desvio o olhar, eu tento sacar o isqueiro (como é que ele se enleia no cinto?), o meu amigo olhava para mim e para ela, eu olho para ele com o ar de “não olhes para mim, sei tanto quanto tu”. Ele tira o isqueiro e oferece-lhe lume, ela não aceita de imediato e fica à espera que eu me continue a debater com o meu isqueiro, o meu cinto e as minhas calças. Por fim, aceita o lume que o meu amigo lhe ofereceu. Dá a 1ª passa, expele o fumo para o ar e volta-me a olhar, eu torço e contorço-me a fugir do olhar daquela felina. Ela olha uma ultima vez e diz:
Ela – Bem me parecia!
Eu respiro enquanto ela volta para a pista, olho o meu amigo e digo eloquentemente:
Eu – Ele há cada uma, vá-se lá entender… Onde íamos?
Ele encolhe os ombros e continuamos na conversa, eu mudo de posição e ponho-me de costas para a pista, para esconder a minha vergonha.
Enfim… Sai mais um pedido de desculpas público… Desculpa! Foi sem querer, inexperiência sabes…
18 comentários:
es muito divertida. gosto do teu blog
tás desculpada, ora essa! aliás até deixei de fumar que é por causa das coisas!
kidding! hoje tou cheia de humor! ah ah!!
felce:
Gracias!!!
o eu do territorio:
Estás sim srª e que bem que te fica :p
ar.....imagino quantas voltas esse cinto nao deve ter dado!!!
Hehehehehe.....fica para uma próxima...right??
;)
jocas
posta mais cara...preciso de humor inteligente.
Desculpa, mas ri às gargalhadas:)))
bjs
A arte d'ngatar é engraçada!!! :)
O vosso blog conquistou-me... :)
Muito bom!!! Parabéns!!!
(espero que não se importem!) mas tenciono visitá-lo assiduamente...
Simplesmente fantástico!!
Boa sorte para a próxima!!
:o)
... e nem cheiro da gaja, nunca mais?.......... desculpa, essa história dá vontade é de chorar........ Se voltares a descobri-la, chama-me (a qq hora que seja) que eu convenço-a de que o triste episódio foi apenas um azar, que ela interpretou mal. depois... depois podemos fazer um pacto semelhante ao que fizemos para a Sra. Z. Vale? ;-) Besos aí para as lonjuras.
PS E fica-me de lição: nunca mais voltar a entrar num recinto desses sem a)isqueiro bem aparentado no bolso mais acessível e b) cigarros noutro bolso mais interior... :-D
the city lights:
Que remédio, né?
wind:
Não peça desculpa, dúvido que outras reacções sejam possiveis :p!
Acid Pig:
Engraçadas e estranhas...
Legna:
Gracias! E apareça sempre...
narizinha:
Obrigada :p!
estreladonorte:
lol, obrigada pelos conselhos e disponibilidade!
Fartei-me de rir com a tua situação.Dava para uma argumento de um filme cómico.Quando as coisas estão a fluir é kuando algo vem atrapalhar: um maldito cinto para sacares um isqueiro. A ironia do destino: um objecto k expele fogo,calor devia enquadrar-se nesse momento que era suposto ter sido fogoso, mui caliente, mas não foi um balde de água fria.Eh eh eh
Kisses da Guida
lolololololololol
muito boa esta história!
Demais!!!!!!!
Hilariante!
E fez-me reviver a minha própria tentativa vã e frustrada...
Há muitos anos, numa disco, cheguei à fala com uma mocinha. Com a emoção enfiei pela goela abaixo de penalty o whisky que estava na mão de uma amiga. Um nanossegundo depois, estava eu completamente KO...
Dei por mim, horas mais tarde, a ouvir um ralhete da amiga: "Tinhas que beber o Whisky? Tinhas? Tu não bebes Whisky!!! Depois não venhas dizer que és a mulher invisível!!"
Nunca me recuperei...
Parabéns! Muito melhor um isqueiro que um Whisky; se bem que ardem os dois que se fartam... ;)
Guida:
Quanta razão Guida, quanta razão!
soul:
Não sei se tens cara de terrorista, mas que tiveste azar, disso não tenho dúvidas... O segurança, xiça, acho que não podia mesmo ser pior...
celtic e cacau:
:p!
cguimas:
Mulher invisivel... ahahahahahah... Adorei!
(preferências sexuais à parte)
A história é muito cómica, embora seja ainda mais embaraçosa!
Enfim... parabéns, pelo belo e divertido Blogue Temático, é? (ainda não percebi a do Temático, mas também não é da minha liga por isso 'no crises')
BEje*
posso só dzr q este foi o meu 1º comment num blogue deste gender!
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