Curtas

sexta-feira, setembro 22


Desde já, um pedido de desculpa público visto que, “prometemos” aqui uma presença mais assídua no festival gay e lésbico de Lisboa e, isso não tem acontecido. Como temos sempre imensas coisas para fazer algo é deixado de fora. Contudo ontem fui, pela primeira vez, à sessão de curtas do festival.

22h30 – Chegada ao Quarteto

22h35 – Olhares atentos ao que se passa em redor, homens (muitos), mulheres (poucas) .

22h40 – Sentamo-nos descontraidamente na única mesa vaga, conversamos, olhando sempre atenta e subtilmente em redor. Um senhor (turista) senta-se na nossa mesa, aquelas coisas que cá não temos o hábito de fazer, ou sentamo-nos numa mesa vazia ou preferimos esperar...

23h30 – Entrada na sala, praticamente cheia, cerca de 40 cadeiras. O projector com fita adesiva...

23h32 – Início do conjunto de curtas francesas “Vive la Queer France!”

“rain” (França, 2004, 2’), de Jean-Gabriel Périot
“Devil inside” (França, 2004, 3’), de Tom de Pekin & Jean-Gabriel Périot
“gender trouble” (França, 2005, 4’), de Tom de Pekin
“Le Fabuleux Destin d’Amélie Putain” (França, 2005, 11’), de Panik Qulture
“Catch me” (França, 2005, 3’), de Tom de Pekin
“Stick it to Hetero Culture” (França, 2004, 6’), de Panik Qulture
“el Assessino de la televisión” (França, 2004, 5’), de Tom de Pekin & Philippe Donadini
“How to Ass ejaculate” (França, 2005, 8’), de Panik Qulture
“Do You Know that Bad girls go to Hell? ” (França, 2004, 5’), de Tom de Pekin
“Pop Porn Party” (França, 2005, 4’), de Panik Qulture
“Pine-Pong” (França, 2003, 3’), de Tom de Pekin & The Brain
“ZAP les superheteros” (França, 2004, 3’), de Panik Qulture
“exutoire” (França, 2002, 9’), de Rémy Yadan
“nécropole de l’Amour” (França, 2002, 6’), de Rémy Yadan

Não vou comentar nenhuma em particular, visto que no seu conjunto, todas abordam as questões do festival, homofobia, transsexualidade, de uma forma sexualmente libertina. De qualquer forma, confesso que não me agradou muito. Pilas, pilas e pilas... Sou gaja, lésbica, não sou fã de pilas, ou pelo menos, de um grande número de pilas... Tecnicamente e a nível de conteúdo, julgo que estas curtas são básicas e pobres. Fiquei um pouco desiludida, confesso. Os títulos fazem juz às curtas! Mas... soltaram-se uns bons risos pelo meio. Continuarei a documentar o festival... estejam atentas/os!

7 comentários:

Anónimo disse...

ora aí está um belo tema e aqui fica um desafio: bora fazer três curtas lésbicas para apresentar no próximo certame?

LiveJustNotSurvive disse...

Tangas: Nada que já não me tivesse ocorrido.

Anónimo disse...

Não sei se te serve de grande consolo, mas eu fui a uma longa e passou-se exactamente o mesmo. Portanto, é preciso fazer também uma longa... Muito longa, de preferência :-) Aliás, a minha longa temperada de umas quantas cenas (soft, felizmente) de sado-masoquismo. Já agora: vocês conseguiram descobrir as sinopses na página do festival? Eu não! Nem as proprias pessoas que estavam na banca a vender os catálogos me souberam dizer se as sinopses dos filmes estavam na net... Este festival ainda tem muito que crescer, mas sobretudo que amadurecer. Bem me parecia que o salto qualitativo de reconhecimento público que este ano teve não tinha grandes fundamentos... o que é perigoso: deve dar-se o passo à medida da perna. E ser-se, sempre, exigente com a qualidade. Menos mas melhor não era de todo má ideia.

Anónimo disse...

Errata: a minha longa, isto é, a longa que eu fui ver. A que NÒS VAMOS FAZER não vai ter nada disso, ok? OK? ;-) Jokas.

LiveJustNotSurvive disse...

estrela do norte: eu acho que o festival mostra a minoria que somos...e também me parece que há orgulho nisso, não percebo muito bem. Há questões paradoxais que são imperceptiveis quando vividas em comunidade.Ainda se tem aquele velho pensamento "só o facto de termos onde mostrar os filmes, já é muito bom!".Em nada concordo com isto, tem que se apostar na qualidade, essencialmente na qualidade!!Qualidade, profissionalismo, dedicação!Não é por ser lésbica ou gay que tenho que gostar e concordar e apoiar um evento com o qual não me identifico. De certa forma, fiquei desiludida.Vamos fazer uma longa, fica combinado!

Unknown disse...

always a good blog

Narizinha disse...

O ano passado fui ao Quarteto... acho que fiquei meia hora. Fui embora porque não aguentei tanta parvoíce junta... Fez com que este ano não me levasse a ter qualquer interesse para voltar...