sábado, novembro 4
Não, este não é um post sobre sado/masoquismo nas relações lésbicas! (Infelizmente)
Entalei um dedo na porta do carro. A dor foi de tal forma massiva, que pela primeira vez na vida, achei que ia desmaiar.
Estava a chegar a um dos meus trabalhos nocturnos, tinha 15 pessoas à minha espera para dinamizar uma sessão de trabalho, e ao fechar a porta do carro entalei o dedo! Entrei no edifício com o dedo a sangrar, albardada como um burro, com o portátil, livros, pasta e mais umas coisas necessárias à minha sobrevivência pessoal, dirigi-me à casa de banho, embrulhei o dedo em papel e voltei ao lobby para me sentar no sofá, porque me sentia a desfalecer.
Depois, do aparato de águas, preocupações e recomendações, optei por aguentar e fazer a sessão na mesma, relegando para segundo plano a necessária ida ao hospital (há mais de uma década que não dava entrada numa urgência, e estava a tentar mobilizar-me interiormente para fazer face ao que me esperava, a dor física era o menos).
Agora expliquem-me como é que entra aqui a libido? Ou eu sou uma pessoa muito estranha, ou os pensamentos sexuais, ultimamente, têm mobilizado uma grande parcela do meu cérebro, ou a dor levou-me à loucura (a saber que os meus amigos também não ajudaram nada à festa)!
Primeiro telefona-me uma amiga minha (20 minutos depois do sucedido, ainda com o dedo embrulhado em papel), explico-lhe porque estava com aquela voz, e começa a rebaldaria e a galhofa.
Ela – O dedo? De que mão?
Eu – Direita… Fogo, logo a direita!
Ela – Sabes que a nós, não nos fica muito bem magoar dedos…
Eu – (…)
Ela (a rir) – Quero ver como te vais safar…
Eu – Não me faltava mais nada, nem tinha pensado nisso… Olha chamo-te a ti!
(O resto da conversa foi censurado, por motivos óbvios)
Às 22:30 termino a sessão, saio do edifício e já tinha a Miss Shirley B. à minha espera. Marcha acelerada para o hospital. No momento da triagem somos separados, eu sigo e ele tem de ficar na sala de espera.
Na sala da triagem sou atendida por uma enfermeira (que me deixou nervosa), nem a bata azul cueca conseguia dissipar a beleza da Sr.ª, como se não bastasse tratou-me bem e cheia de doçura (a vontade que eu tive de desatar a chorar para ela me dar colo, que bem que eu ficava naqueles braços).
Saí da sala de triagem a pensar que deveria estar louca (ora pensem comigo: estava cheia de dores há 4 horas, de tal forma, que até gaguejava; estava num hospital que só por si é inibidor de qualquer tipo de fantasias e imaginação, para mim claro está; esperava-me o agudizar das dores assim que começassem a mexer-me no dedo; e a única coisa em que conseguia pensar era em tirar a bata à enfermeira).
Bem, radiografias e de volta para a sala de cirurgia, atende-me uma médica espanhola, de 1,65 cm, morena, acompanhada de outra médica espanhola de 1,80 cm loira (morri e fui parar ao céu?). Tratam-me bem, muito bem, sorriem, vão falando enquanto me fazem mal, explicam os procedimentos, e até festas na cabeça enquanto esperneava tive direito (sai de lá a pensar que a três poderia ser bem interessante).
Uma hora e meia depois de termos sido separados, chego ao pé de M.S.B.
MSB – Como tas amor? Partiu?
Eu – Não, tá inteiro… Só me arrancaram a unha!
MSB – E viste alguma coisa de jeito? É que eu já me apaixonei…
Eu – Quem?
MSB – Aquele lindo que está ali!
Eu – Bem, a enfermeira era de estalo, e as médicas que me atenderam… Hum!
MSB – E para mim? Viste alguma coisa de jeito lá dentro?
Eu – Vi uma espécie de J. Clooney a passar nos corredores, ficaria bem no teu braço!
MSB – Cabelo preto, desta altura?
Eu – Han, han…
MSB – Também vi, lindo! Bem, vamos pagar e vamos a um barzinho? Esta visita ao hospital abriu-me o apetite.
Por favor alguém me diga que não estou a ficar doida, que foi um surto de insanidade temporária devido às dores, que me fez disparar a libido…
Entalei um dedo na porta do carro. A dor foi de tal forma massiva, que pela primeira vez na vida, achei que ia desmaiar.
Estava a chegar a um dos meus trabalhos nocturnos, tinha 15 pessoas à minha espera para dinamizar uma sessão de trabalho, e ao fechar a porta do carro entalei o dedo! Entrei no edifício com o dedo a sangrar, albardada como um burro, com o portátil, livros, pasta e mais umas coisas necessárias à minha sobrevivência pessoal, dirigi-me à casa de banho, embrulhei o dedo em papel e voltei ao lobby para me sentar no sofá, porque me sentia a desfalecer.
Depois, do aparato de águas, preocupações e recomendações, optei por aguentar e fazer a sessão na mesma, relegando para segundo plano a necessária ida ao hospital (há mais de uma década que não dava entrada numa urgência, e estava a tentar mobilizar-me interiormente para fazer face ao que me esperava, a dor física era o menos).
Agora expliquem-me como é que entra aqui a libido? Ou eu sou uma pessoa muito estranha, ou os pensamentos sexuais, ultimamente, têm mobilizado uma grande parcela do meu cérebro, ou a dor levou-me à loucura (a saber que os meus amigos também não ajudaram nada à festa)!
Primeiro telefona-me uma amiga minha (20 minutos depois do sucedido, ainda com o dedo embrulhado em papel), explico-lhe porque estava com aquela voz, e começa a rebaldaria e a galhofa.
Ela – O dedo? De que mão?
Eu – Direita… Fogo, logo a direita!
Ela – Sabes que a nós, não nos fica muito bem magoar dedos…
Eu – (…)
Ela (a rir) – Quero ver como te vais safar…
Eu – Não me faltava mais nada, nem tinha pensado nisso… Olha chamo-te a ti!
(O resto da conversa foi censurado, por motivos óbvios)
Às 22:30 termino a sessão, saio do edifício e já tinha a Miss Shirley B. à minha espera. Marcha acelerada para o hospital. No momento da triagem somos separados, eu sigo e ele tem de ficar na sala de espera.
Na sala da triagem sou atendida por uma enfermeira (que me deixou nervosa), nem a bata azul cueca conseguia dissipar a beleza da Sr.ª, como se não bastasse tratou-me bem e cheia de doçura (a vontade que eu tive de desatar a chorar para ela me dar colo, que bem que eu ficava naqueles braços).
Saí da sala de triagem a pensar que deveria estar louca (ora pensem comigo: estava cheia de dores há 4 horas, de tal forma, que até gaguejava; estava num hospital que só por si é inibidor de qualquer tipo de fantasias e imaginação, para mim claro está; esperava-me o agudizar das dores assim que começassem a mexer-me no dedo; e a única coisa em que conseguia pensar era em tirar a bata à enfermeira).
Bem, radiografias e de volta para a sala de cirurgia, atende-me uma médica espanhola, de 1,65 cm, morena, acompanhada de outra médica espanhola de 1,80 cm loira (morri e fui parar ao céu?). Tratam-me bem, muito bem, sorriem, vão falando enquanto me fazem mal, explicam os procedimentos, e até festas na cabeça enquanto esperneava tive direito (sai de lá a pensar que a três poderia ser bem interessante).
Uma hora e meia depois de termos sido separados, chego ao pé de M.S.B.
MSB – Como tas amor? Partiu?
Eu – Não, tá inteiro… Só me arrancaram a unha!
MSB – E viste alguma coisa de jeito? É que eu já me apaixonei…
Eu – Quem?
MSB – Aquele lindo que está ali!
Eu – Bem, a enfermeira era de estalo, e as médicas que me atenderam… Hum!
MSB – E para mim? Viste alguma coisa de jeito lá dentro?
Eu – Vi uma espécie de J. Clooney a passar nos corredores, ficaria bem no teu braço!
MSB – Cabelo preto, desta altura?
Eu – Han, han…
MSB – Também vi, lindo! Bem, vamos pagar e vamos a um barzinho? Esta visita ao hospital abriu-me o apetite.
Por favor alguém me diga que não estou a ficar doida, que foi um surto de insanidade temporária devido às dores, que me fez disparar a libido…
21 comentários:
Bem.. Por onde começar.. Fui aconselhada por uma amiga a ver o vosso blog (amiga de uma amiga, aparentemente :)...) Devo dizer que me diverti imenso, queria dar-vos os meus parabéns. Continuem, pois está mto bom... :)
ML
haja entalanços!!!
lollll
está viva e nota-se
as melhoras rápidas e viva à libido, olé!
eheheheheh lindoooooooo!
Assim até dá vontade de entalar o dedo mais vezes :-D
ai como eu te compreendo!!
é da lua cheia!!
:-)
OLa!!!
bem ja algum tempo que acompanho o vosso blog mas como estou sempre a ler as coisas a correr (smp com pressa) nao tenho tempo de comentar...
Antes de comentar o post kero dar-vos os parabens o vosso blog ta muito fixe...
a cerca do post: bem dita entalade-la lol ... nao penses que estas insana pois um bom momento de "imaginaçao" faz sempre bem...
beijos continuem sempre :D
:)
E, logo eu que tenho pavor a médicos, urgências,hospitais, enfermeiras, e outros fetiches que tais...
Azar o meu...
Bissous
AR
A preocupação da tua amiga é perfeitamente legítima. Desejo-te rápidas melhoras e, já agora, que sejas desenrascada com a mão esquerda. ;)
E digo isto porque tive de desenvolver o talento da mão esquerda, porque a minha ex-namorada (a pseudo-hetero que voltou para o namorado porque tem medo de me assumir por causa da pressão social e familiar, blah blah blah) não me dava descanso (muito hetero isto de não dar descanso à namorada lésbica e não não ir para a cama como o namorado). Quando percebi que corria riscos de tendinite ou sei lá, tive de treinar a mão esquerda como pude, o que não foi fácil, face ao padrão de qualidade da direita a que a minha namorada estava habituada. Ela não se queixou da habilidade da esquerda, para grande espanto meu que sempre achei que era muito desastrada com a esquerda noutras actividades. Experimenta!
A propósito de mãos, recentemente, passei uns dias em Amesterdão onde estive com uma amiga (nascida no Canadá), que tem uma vida hetero (olha a novidade, só me calham pseudo-straights), mas que é muito mais lésbica do que todas as lésbicas que conheço, à excepção da minha ex-namorada. Mas pronto, tem a vidinha dela com o namorado holandês, que é perfeito e só tem um defeito - não é mulher. Resultado, a rapariga estava, desde há longos meses com muitas esperanças e grande ansiedade na minha ida à Holanda, para mal dos meus pecados porque não estou nem nunca estive para ali virada. Pois bem, a rapariga, de líbido ao rubro, passou três dias inteiros a fotografar as minhas mãos (é fotógrafa), a pedir para tocá-las, acariciá-las e o resto não posso dizer aqui... A tal ponto incomodativo, que eu amaldiçoava a líbido lésbica fixada nas mãos.
Se os pensamentos libidinosos fossem visíveis, imagino o embaraçoso que seria para nós que imaginamos e para aqueles que imaginam sobre nós coisas que não podemos descrever aqui, mas todas nós sabemos, exctamente, do que estou a falar.
Ai ai... Pela minha parte, só esero que a F. não tenha o desplante de organizar uma exposição artística com as milhentas fotos que tirou às minhas mãos com uma ideia única em mente - sentí-las no corpo em busca de prazer.
De mãos eu não falo! Tenho recordações triste de conversas sobre mãos...
Mais uma vez me fizeste rir...fiquei com ma vontade de entalar o dedo também... :)
:) Lindo!! AR, adoro como escreves as tuas histórias, farto-me de rir!
Deixa estar que atracções em situações estranhas não é assim tão pouco comum!
As melhoras!
HAHAHAHAHHAHAHAHA
"por sopuesto que entalaste lo dedito"!!!!!!
Nada de começar a pedir ao amigos para te entalarem os (outros....restantes) dedos!!!!
Descrução fantástica(como sempre!)!!E depois a night....deu para satisfazer "os apetites"??HAHAHAHAHA
Bessos equipa!e as tuas melhoras.....ou nao!!!!
;)
LOL!!!! Genial!!! Bem te fica gaguejares, resulta em quase todas as situações!!! LOL!
Agradeço que indiques qual é o Hospital que tem tanta beldade por metro quadrado!
E ainda… para a próxima escolhe outra parte do corpo para mutilares!!! As mãos não dão jeito nenhum!!!
Beijão gande no dedito!
hello!
não era à 4 horas, mas há 4 Horas -ok? (é uma pena estas cenas tão interessantes terem precalços linguístios...)
Não sei se esse hospital existe tal e qual, mas eu própria já me senti muito confortada por médica e enfermeira espanhola - por acaso em Sta Maria...
(obviamente não assino!)
é não é que o precalço voltou a ser ...linguístico!
será algum sinal de que temos aí uma alternativa ao dedo ferido?
oraS, quem nunca errou que atire a primeira pedra... ó anonymous eu até te atiraria mas eu também já errei
(ena ena... será que vai chegar lá sozinha ou precisa da ajuda do público)
(obviamente não assino!)
Óbvia, boa noite.
Os precalços acontecem(-te) como a qualquer um(a). Mas podes ser uma correctora linguística e passares o blog a 'limpo'. Aceitas?
Claro que assino!
Mar
AR
Por vezes a líbido dispara quando menos esperamos.
Não deves deixar que um dedo magoado se atravesse no teu caminho! Nem só de mãos (que são sem dúvida importantes) vive uma mulher lésbica!
Gargalhadas Ar, o que eu ri com isto:)))
Está tudo muiiiito bem! Coitadinha da AR...E EU? HUM? De mim ninguém tem pena? NÃO! O que eu fiz não é nada que qualquer amigo não fizesse (se bem que não me considero "qualquer" amigo)agora podiam mostrar um pouco de compaixão pela pobre da bicha, por sinal linda e super bem vestida, que esteve numa sala de espera dum hospital público, com 100 pessoas a olharem para ela como um burro olha para um palácio ( sim, eu considero-me uma habitação real, e depois? )
É verdade que me apaixonei duas vezes numa hora e meia, de tal maneira que se visse uma hora depois qualquer um dos homens não os reconheceria ( maldita falta de vista. Onde estão os meus Armani quando mais preciso deles?)
O nossso truque, neste caso o meu e da AR, é que conseguimos tirar proveito das situações. Sejam boas ou menos boas, como foi o caso. Acho que é algo que nos caracteriza.
Desejo-te as melhoras rápidas. Eu já parti a mão direita, e minha querida, até hoje tenho dores no braço esquerdo. AAAAHHHHH DOI!
Fica um aviso: Se alguém fizer um comentário acerca de erros ortográficos no meu comentário temos o caldo entornado. Não suporto que me corrijam!
ML:
Obrigada pela simpatia :)!
anonymos:
Gracias... E olé!!
gaivotinha alternativa:
Mesmo assim, não conto entalar-me tão cedo...
bifinha:
Acreditas que nem tinha reparado na lua, mas depois de teres mensionado, acho que encontrei a resposta que precisava.
felina:
Obrigada pela simpatia...
diva:
Eu tenho o mesmo pavor, não sei o que se passou, mas a lua pode explicar o meu estado...
always:
Eu sou suficientemente ambidestra... A tua história é gira :)
marlene:
Não o entales, acredita que doi horrores!
the city lights:
Nem penses, se 1 me faz falta imagino sem os outros 9. A noite não rendeu nada, eu ainda estava com ar de dor e afugentei as pessoas. Beijo!
velaslee:
Gaguejar é bom, resultou sim srª... Acredita que não me apetece mutilar nada tão cedo... Gracias pelo beijito! E o Hospital em questão foi o de Faro.
anonymos:
Vou tratar da correcção mensionada, obrigada pelo aviso! E sim, o hospital existe tal e qual, porque haveria de mentir?
Bifinha e Mar:
Gracias! Vçs são umas queridas!
alpha female:
Tens toda a razão, também acredito que quem tem boca vai a Roma! E eu vejo o papa daqui :p
wind:
Ainda bem :)
miss sirley b.:
Oh meu amor! Eu sei que te custou horrores, eu sei que não és nada atreito a estas coisas, e sei que tu sabes, que eu sei o quanto te custa! Logo, sabes o quanto te agradeço por teres ido comigo. Mas mais importante de tudo, porque sempre que vamos juntos, nem que seja ao inferno, encontramos sempre um motivo para a boa disposição, e isso eu não sei agradecer, mas retribuo sempre que puder... Beijo do tamanho do mundo!
Hmmmm.. a que hospital é que foste?
(fossem todos assim!)
HAHHAHAHAHAHHAHAA
Bem dita entaladela!
:p
Parabéns pelo blog!!!
Passo aqui todos os dias!
:)
Beijos!
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