quarta-feira, junho 21
Esta coisa da “saída do armário” parece-me sempre que tem duas fases, ressalvando desde já todos os cambiantes que existem em cada uma delas:1ª – Confronto com o próprio. Que acontece de diferentes maneiras para cada uma.
A mim aconteceu-me depois de recusar inúmeros jogos de bate pé, de dançar slows nas festas de garagens e nenhum miúdo me atrair, depois de ver quase todas as minhas amigas a iniciar as suas primeiras “curtes”… Surgiu a pergunta: “serei diferente? É que sinto que não consigo ser igual a elas”, como não conseguia responder optei por admitir que sim “sou diferente, não sinto atracão, o amor e as paixões são para os fracos”, longe de mim pensar em ser homossexual… Assim continuei, passaram-se os 13 os 14, e eu continuava a achar que o amor era uma ficção inventada por gente neurótica!
Até que um dia (não podia deixar de ser), comecei a pensar demasiado numa amiga recente, a passar demasiado tempo com ela, a ver o mundo pelos olhos dela… Como se não fosse sinal suficiente, ainda arrisquei a pensar que ela seria a irmã que nunca tinha tido (claro, viva a recusa!!!)… Até que tudo se tornou demasiado evidente… E como sempre na paixão, um dia ela apresenta-se como por decreto!!!
Primeiro o medo: “Meu Deus porquê eu? Eu não quero ser isto… Eu não quero sentir isto… Isto é errado, e eu nunca fui “errada”!” Ninguém com quem falar, de Internet na altura nada, comunidade pequena, pronto, estava feita!!! E assim iniciou-se a idade do armário (nos dois sentidos, o da adolescência e o da homossexualidade)…
A mim aconteceu-me depois de recusar inúmeros jogos de bate pé, de dançar slows nas festas de garagens e nenhum miúdo me atrair, depois de ver quase todas as minhas amigas a iniciar as suas primeiras “curtes”… Surgiu a pergunta: “serei diferente? É que sinto que não consigo ser igual a elas”, como não conseguia responder optei por admitir que sim “sou diferente, não sinto atracão, o amor e as paixões são para os fracos”, longe de mim pensar em ser homossexual… Assim continuei, passaram-se os 13 os 14, e eu continuava a achar que o amor era uma ficção inventada por gente neurótica!
Até que um dia (não podia deixar de ser), comecei a pensar demasiado numa amiga recente, a passar demasiado tempo com ela, a ver o mundo pelos olhos dela… Como se não fosse sinal suficiente, ainda arrisquei a pensar que ela seria a irmã que nunca tinha tido (claro, viva a recusa!!!)… Até que tudo se tornou demasiado evidente… E como sempre na paixão, um dia ela apresenta-se como por decreto!!!
Primeiro o medo: “Meu Deus porquê eu? Eu não quero ser isto… Eu não quero sentir isto… Isto é errado, e eu nunca fui “errada”!” Ninguém com quem falar, de Internet na altura nada, comunidade pequena, pronto, estava feita!!! E assim iniciou-se a idade do armário (nos dois sentidos, o da adolescência e o da homossexualidade)…
2 comentários:
Achei a tua história com bastantes pontos em comum com a minha, e com as seguintes diferenças:
1º Ao aperceber-me que tinha algo de "diferente" procurei avidamente ser "igual" como tal "apaixonei-me" por todos os amigos e alguns desconhecidos. Tudo claramente platónico.
2º Tive de ter várias amigas especiais, irmãs claro, para dar o braço a torcer. Aos 22 mais concretamente. E foi mesmo quando estava tão na minha frente que não podia ignorar.
3º Felizmente qdo tal aconteceu, a coisa correu tão bem que dura até hoje, porque nunca tive muitos amigos, nem nunca fui mto social, e para mim a Internet nasceu à 3 anos, justamente qdo a comunidade blogayra eclodiu.
Gostei do blog. Obrigada pelas palavras simpáticas. Ao fim e ao cabo trata-se de perseguir sonhos, não é verdade?
Gracias! You are wellcome...
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