Rapidinha

sexta-feira, setembro 29

Querid@s fiéis leitor@s, sabem que antes da tão esperada festa temos (devemos) de fazer um pequeno "estágio" e é exactamente isso que estamos a fazer hoje.
Por "estágio" entenda-se: manicure, pedicure e as devidas depilações.

Um bem haja para tod@s e até amanhã na Lesboaparty!!!

The Sequel

quinta-feira, setembro 28


Recebido por e-mail vindo da Strangelove! Reparem bem no nome das actrizes! Falta lá alguma?

2 days for the Lesboa Party - A organização da festa bem podia convidar algumas destas Sr.ªs, ou todas...

Proposta Indecente

quarta-feira, setembro 27

Tenho uma proposta indecente para fazer ao pessoal que vai à Lesboa Party. A começar pelos meus caríssimos companheiros de postagem (e não sei se vocês os 3 repararam, mas vai ser a primeira vez que nos juntaremos todos) e a tod@s os que nos acompanham por aqui.

A proposta é que recolham um ou outro fragmento da noite e que nos enviem para o e-mail. De forma que possamos construir uma história coerente, a partir de uma personagem ficcionada, que vai passando pelos diversos grupos, pares, sítios e tempos da festa…

Todas as participações serão espelhadas na história… Claro, que não nos responsabilizaremos pelos “twists” (desculpem, não sei dizer em português) que os fragmentos possam levar, é que a personagem vai ser um bocado doida…

Lesboa Party, 3 days and counting!

Sou Fã!

terça-feira, setembro 26

Estava eu com um grupo de amigos no Bairro Alto, conversando à porta de um bar, quando sinto uma presença nas minhas costas. Olho para trás, uma rapariga (gira) com ar de quem me conhece. Olho com ar interrogativo, ela sorri. Ok, ela conhece-me isso é obvio, e eu de onde a conheço? Atiro o 1º nome que me aparece na cabeça.

Eu – Patrícia?
Ela – Não! Eu é que me costumava enganar no teu nome, e não tu no meu!
Eu – Ups! Desculpa, mas não me estou mesmo a lembrar…
Ela – Sou a A., fui tua colega na faculdade…
Eu – Ah! Claro, sim lembro-me (vagamente)!

A conversa segue com o tema da faculdade, do curso, o que fazes, onde estás, por ai fora. Durante a conversa eu sinto que ela estava a fixar-me em demasia, e um pouco perto demais para o tipo de conversa que estávamos a ter. Pressenti que ela tinha mais alguma coisa para me dizer e que não ia sair coisa boa (ou melhor, coisa boa sim, mas não que eu quisesse que fosse pública e ouvida por todos os meus amigos. Além disso, ela já não estava no seu melhor estado e falava uns decibéis acima do desejável).

Ela – Sabes, tenho uma coisa para te dizer há imenso tempo.

Prevendo a situação eu viro o meu ouvido para ela e chego-me à frente. Ao que ela grita:

Ela – Sabes que tu sempre foste uma fã minha!

Os meus amigos viram-se de imediato para nós, eu fixo-a com o meu ar mais incrédulo, volto-me para os meus amigos, que tentavam educadamente não rir e disfarçar que tinha ouvido a Sr.ª. Volto de novo a olha-la e a pensar “Que raio de ideia lhe passei? Fã, eu? O que fiz ou disse naquelas noites? Eu tenho definitivamente de parar de beber…”

Ela – Eu sempre te admirei! Sempre te quis conhecer melhor! Eu adorava-te!

“Ah! Muito melhor, já entendi, a fã era ela, já posso deixar de transpirar”

Eu – A sério? Nunca tinha dado conta! (envergonhada)
Ela – A sério eu admirava-te imenso, eu amei-te durante 3 anos!
Eu – (…)

A amiga dela vem tentar demovê-la daquele sítio, gritando e puxando-a pelo braço. Eu volto a olhar os meus amigos, que sorriem com o ar de “desenrasca-te amiga, não temos nada a ver com isso”. Ela enxota a amiga, despede-se de mim de forma sugestiva e arranca.

Eu fico com um ar estupefacto, especada no meio da rua, esperando que a qualquer minuto os meus amigos me gozem desalmadamente, pensado: “Onde andei eu? E que outras oportunidades terei desperdiçado na minha vida? Será possível que não consigamos ver as coisas?”

Se eu soubesse o que sei hoje, e que o tempo voltasse para trás… Ai!

Notas à Chegada!

segunda-feira, setembro 25

Note to self – Se vais continuar a insistir em viajar com calças cheias de bolsos e bolsinhos, fechos e fechinhos, e a enfiar todas as porcarias que conseguires encontrar dentro deles, então faz o favor de, ao menos, escolher a porta de segurança com a segurança mais gira do aeroporto.

Note to Aeroport Security – Deixada na caixa de sugestões de serviço ao cliente no aeroporto de Lisboa: “Atendendo às novas necessidades de segurança, deveriam considerar cursos de formação ao pessoal de segurança, do estilo – «Como (revistar) apalpar as passageiras de modo a tornar a experiência mais confortável para todas».

Note to Blog – Ausentei-me durante uns dias e quando chego vejo que, surpreendentemente, ainda há quem se junte a nós e salte connosco (embora não sejamos os pára-quedistas portugueses) neste projecto. Mais uma colaboradora: Strangelove. Wellcome Home!

Note about Posting – A todas as que já me enviaram contributos para postar, por favor não desesperem, eu não me esqueci, só estou com dificuldades na gestão de tempo. Assim, que conseguir orientar-me, os posts serão postados (esta linguagem de blog está a dar cabo de mim, e do meu editor de texto).

(Faltam 5 dias para a Lesboa Party!)

Olfacto: "o mais poderoso dos sentidos"

domingo, setembro 24

Numa passagem pela revista Focus deparei-me com um artigo extenso sobre o olfacto. Pareceu-me interessante do ponto de vista tanto físico como psicológico. Para além da minha experiência e da importância que sempre dei ao cheiro de uma pessoa, lugar, situação, julgava que era uma característica comum a tantas outras pessoas. Facto constatado, descobri que nós, seres-humanos, somos sexualmente influenciados pelos sinais químicos produzidos e emitidos por outra pessoa. Ou seja, dependendo da pessoa que “nos cheira”, independentemente de cheirarmos bem ou mal, pode existir a dita atracção e despertarem-se emoções. Tenho pena que ao ler este artigo, os estudos mostrados, tenham sido feitos baseados na atracção homem/mulher. Contudo, é perfeitamente adaptável, como tudo na vida...

Curtas

sexta-feira, setembro 22


Desde já, um pedido de desculpa público visto que, “prometemos” aqui uma presença mais assídua no festival gay e lésbico de Lisboa e, isso não tem acontecido. Como temos sempre imensas coisas para fazer algo é deixado de fora. Contudo ontem fui, pela primeira vez, à sessão de curtas do festival.

22h30 – Chegada ao Quarteto

22h35 – Olhares atentos ao que se passa em redor, homens (muitos), mulheres (poucas) .

22h40 – Sentamo-nos descontraidamente na única mesa vaga, conversamos, olhando sempre atenta e subtilmente em redor. Um senhor (turista) senta-se na nossa mesa, aquelas coisas que cá não temos o hábito de fazer, ou sentamo-nos numa mesa vazia ou preferimos esperar...

23h30 – Entrada na sala, praticamente cheia, cerca de 40 cadeiras. O projector com fita adesiva...

23h32 – Início do conjunto de curtas francesas “Vive la Queer France!”

“rain” (França, 2004, 2’), de Jean-Gabriel Périot
“Devil inside” (França, 2004, 3’), de Tom de Pekin & Jean-Gabriel Périot
“gender trouble” (França, 2005, 4’), de Tom de Pekin
“Le Fabuleux Destin d’Amélie Putain” (França, 2005, 11’), de Panik Qulture
“Catch me” (França, 2005, 3’), de Tom de Pekin
“Stick it to Hetero Culture” (França, 2004, 6’), de Panik Qulture
“el Assessino de la televisión” (França, 2004, 5’), de Tom de Pekin & Philippe Donadini
“How to Ass ejaculate” (França, 2005, 8’), de Panik Qulture
“Do You Know that Bad girls go to Hell? ” (França, 2004, 5’), de Tom de Pekin
“Pop Porn Party” (França, 2005, 4’), de Panik Qulture
“Pine-Pong” (França, 2003, 3’), de Tom de Pekin & The Brain
“ZAP les superheteros” (França, 2004, 3’), de Panik Qulture
“exutoire” (França, 2002, 9’), de Rémy Yadan
“nécropole de l’Amour” (França, 2002, 6’), de Rémy Yadan

Não vou comentar nenhuma em particular, visto que no seu conjunto, todas abordam as questões do festival, homofobia, transsexualidade, de uma forma sexualmente libertina. De qualquer forma, confesso que não me agradou muito. Pilas, pilas e pilas... Sou gaja, lésbica, não sou fã de pilas, ou pelo menos, de um grande número de pilas... Tecnicamente e a nível de conteúdo, julgo que estas curtas são básicas e pobres. Fiquei um pouco desiludida, confesso. Os títulos fazem juz às curtas! Mas... soltaram-se uns bons risos pelo meio. Continuarei a documentar o festival... estejam atentas/os!

I'm Going Out

segunda-feira, setembro 18

Fui chamada de urgência em serviço para fora do país, sigo já amanhã de manhã. Embora em serviço, não deixei de dar um salto aos sites gay internacionais, para ver se encontrava um bar ou uma discoteca temática perto do sítio para onde vou, obviamente, esperando poder juntar o útil ao agradável.

Como sou uma miúda de sorte, não há uma única referência temática! Nem uma! Não queria acreditar e fiz queixinhas à LiveNotJustSurvive que é muito mais bem dotada no manuseamento da World Wide Web que eu…

Ela – Procuraste bem, efectivamente não há nada.
Eu – Nada? Como nada?
Ela – Nada…

Mas nisto enviam-me uma página com referências de bares giros da zona (não temáticos), e acrescenta:

Ela – Ahahahahah! E não podes fumar em quase nenhum deles…
Eu – (1º chamei-lhe coisas feias – que foram censuradas) Raios!

E pronto, com isto decidi que vou trabalhar e mais nada. “No rest for the wicked”! Também quem é que se quer divertir num sítio que não tem bares coloridos, e em que não se pode fumar nos bares a preto e branco??? (Querer, querer eu queria!)

Bem, até à volta (porque entretanto nem net vou ter), que depois desforro-me!

A Caçada

domingo, setembro 17

Um dia acordei e um estranho pensamento assolou-me a mente “Eu nunca tinha tentado engatar ninguém!”.

Esta falha na minha vida devia-se a um sem número de razões: 1º ainda estava no armário; 2º tive namorada durante muito tempo e só agora me encontrava livre; e 3º, não saia para sítios gay e tinha medo de atirar ao lado (em cheio numa straight e com sorte com um namorado grande).

Uma noite saí com os meus amigos da faculdade, e fomos parar a uma discoteca da noite lisboeta. Algo em mim nessa noite estava aos saltos (não sei se era da lua cheia, ou dos sapatos apertados), mas nessa noite eu fiz a minha 1ª tentativa de engatar uma Sr.ª na noite.

Ora lá estávamos nós, um grupo grande numa discoteca pequena. Eu e um grande amigo meu tínhamos engatado numa conversa séria, e continuamos a conversar ignorando a música e as pessoas. A certa altura escolhemos um sítio estratégico, com vista para a pista, bem perto do bar, e colamos ombro com ombro falando um com o outro, mas olhando os dois para a frente.

Foi quando a vi. Uma miúda com um ar agradável, que estava a dançar num grupo com outras miúdas, rodeadas de Sr.s, a quem elas não ligavam a mínima. Pareceu-me bom sinal. Comecei a fixar o olhar na Sr.ª, ela estava consideravelmente longe, de qualquer forma, lá me viu… Começaram os olhares (que entusiasmada que eu estava, que bem que me corria, a minha 1ª tentativa, a minha 1ª escolha e tudo me corria bem, havia correspondência).

Estivemos nisto uns bons 15 minutos, a conversa com o meu amigo fluía e ele nem aí para as minhas segundas, terceiras e quartas intenções. A determinada altura ela pára de dançar, e começa a fixar-me ao ponto de eu começar a desviar o olhar. Agora perguntem-me porquê…

É claro que eu só queria ver como seria, ver como me correria se eu efectivamente quisesse “caçar”, claro que não me passou sequer pela cabeça que poderia resultar, nem o que faria se resultasse (burrice, eu sei!). E agora estava confrontada com uma situação que eu não queria, nem sequer achava possível.

Ela a determinada altura começa a avançar para mim, de olhar fixo, parecia que as pessoas na pista abriam caminho à medida que ela se aproximava delas. Era mais bonita perto do que à distância, tinha um passo determinado e movia-se com segurança (estou lixada com f grande, onde me fui meter? Agora que quero esta situação não posso… O que digo ao meu amigo? Com licença que eu quero conhecer esta Sr.ª, by the way I’m Gay… Não me parecia viável)

Ela chega-se a mim, mais perto do que seria normal, puxa de um cigarro, sem nunca desviar o olhar do meu e diz:

Ela – Dá-me lume!

Eu coro, eu desvio o olhar, eu tento sacar o isqueiro (como é que ele se enleia no cinto?), o meu amigo olhava para mim e para ela, eu olho para ele com o ar de “não olhes para mim, sei tanto quanto tu”. Ele tira o isqueiro e oferece-lhe lume, ela não aceita de imediato e fica à espera que eu me continue a debater com o meu isqueiro, o meu cinto e as minhas calças. Por fim, aceita o lume que o meu amigo lhe ofereceu. Dá a 1ª passa, expele o fumo para o ar e volta-me a olhar, eu torço e contorço-me a fugir do olhar daquela felina. Ela olha uma ultima vez e diz:

Ela – Bem me parecia!

Eu respiro enquanto ela volta para a pista, olho o meu amigo e digo eloquentemente:

Eu – Ele há cada uma, vá-se lá entender… Onde íamos?

Ele encolhe os ombros e continuamos na conversa, eu mudo de posição e ponho-me de costas para a pista, para esconder a minha vergonha.

Enfim… Sai mais um pedido de desculpas público… Desculpa! Foi sem querer, inexperiência sabes…

And Again The L Word

Mais uma vez, a RTP2 vai passar a 1ª temporada da série nas noites da 2, de segunda a sexta às 00:30, a partir de Segunda dia 18. Para quem não viu é agora ou nunca, porque se voltarem a passar a 1ª temporada eu faço queixinhas ao novo provedor do cliente (três vezes a mesma série é demais).

Roteiro Gay do Bairro Alto - Agito

sábado, setembro 16

Este sim, o meu sitio para iniciar a noite! Também conhecido como o bar do Bloco de Esquerda…

Convém referir que o Agito também é restaurante (bom presumo, mas de facto sempre que lá fui nunca havia mesa), de toda a forma, bar e restaurante mantêm-se separados, e quem lá entra, pela primeira vez, pode não se aperceber do restaurante.

A melhor coisa do Agito é, sem dúvida, a música. Excelente som, já lá vi diferentes Djs e todos eles mantêm um registo muito bom. Os copos não são caros, fazem boas caipirinhas e mojitos, e servem café. As casas de banho são razoáveis. O “look” do bar é muito “clean”, e sem estilo definido, aos dias de semana dá para se conversar ao som da boa música. O que o Agito tem de realmente mau é a temperatura ambiente, chega a ser um calor sufocante, seja de verão, seja do calor humano de Inverno, o que pode ser o suficiente para se dar meia volta mal se entra.

O ambiente depende muito das noites. O equilíbrio entre homens e mulheres é, normalmente, uma constante, costuma também ter alguns estrangeiros. De qualquer forma e indo ao que interessa, as mulheres no Agito costumam ter um estilo mais alternativo, mais para o “urban hippie”. Mas deixem-me realçar que é no Agito que vejo a grande maioria de lésbicas bonitas.

Foi no Agito que vi a mulher da minha vida, ficamos durante um tempo na troca de olhares, e de repente veio uma outra Sr.ª que lhe disse qualquer coisa, e momentos depois elas saíram de rompante do bar (parecia urgente)… Nunca mais a vi, embora cada vez que lá vá, sinta a antecipação de a poder voltar a encontrar, enfim!

Pormenor a ter em conta, é dos poucos bares no B.A. que tem a bandeira (em forma de autocolante e pequenina) por trás do balcão.

Definitivamente, gosto!

Roteiro Gay do Bairro Alto - Purex

quinta-feira, setembro 14

Achei que podia ser interessante fazer um périplo pelos bares gay do B.A aqui no blog.

Vou começar por aqueles que mais gosto, um de cada vez, e comprometo-me, desde já, a passar por todos os que não conheço, beber uns copos, ver o ambiente e escrever sobre eles… (Que árdua tarefa, que frete, mas para bem da comunidade eu sacrifico-me)

Comecemos então, pelo título do post já devem ter adivinhado por onde vou começar, ironicamente, nunca início a noite pelo Purex.

Ora este bar, também conhecido no meio por Fufex, é daqueles que fecha tarde, 04:00 da manhã, o que é agradável para pessoas como eu que não gostam de ir para discotecas cedo. Como fecha tarde também só começa a mexer entre as 00:00 e a 01:00.

É conhecido por Fufex imaginem porquê! Sim, está cheiinho de gente como eu. Mulheres, mulheres e mais mulheres, são muito poucos os homens. As idades variam entre os vinte e poucos e os trinta e muitos.

O som é excelente, mas não suficientemente alto (coisas com os vizinhos, presumo). Os copos não são muito caros (mas também não são baratos), tem uma boa garrafeira, o que não é muito comum no bairro, fazem caipirinhas, outros cocktails e shots (que são carotes). O decor é feito de muita imaginação, candeeiros de palhinhas, de copos coloridos, as cadeiras são diferentes entre si e os bancos são bancos de autocarros. Não tem pista, mas não é por isso que não se dança. As casas de banho (problema típico dos estabelecimentos do B.A.), às vezes tem duas, a maioria das vezes uma única, haja coragem ou aflição para lá entrar.

Quando enche anda-se a custo, respira-se a custo com o fumo a estragar olhos e pulmões, e torna-se complicado chegar ao bar.

De toda a forma de volta ao que interessa, às mulheres! Já lá vi de tudo, de tudo mesmo, tem uma boa diversidade (como a garrafeira), o que me parece muito bem…

Resumindo eu gosto, bastante!

Abriram-se as Comportas II

Ainda sobre a minha admiração com a noite do Bairro.

Hoje estava a folhear a revista Visão e qual não foi o meu espanto quando dou de caras com um artigo que mostra exactamente isso, no suplemento Sete, lê-se Lisboa Gay, “Nas ruas, nos bares, ou nas discotecas, ser gay já não é motivo de vergonha. Homo e heterossexuais frequentam os mesmos espaços”.

Ainda lá dentro, encontramos um pequeno artigo pagina e meia, uma caixa com referência ao Festival de Cinema Gay e Lésbico, e last but not the least o roteiro gay.

Conclusões: fora do Bairro Alto a coisa já não é bem assim.

De toda a forma estive no Porto, e apesar da vida nocturna ser mais dispersa pela cidade, gostei muito da mistura em determinados locais.

Oscar

quarta-feira, setembro 13

Hoje ao desfolhar a revista Focus, desta semana, fiquei a saber que a próxima apresentadora da entrega dos Óscares é Ellen DeGeneres… Hollywood anda muito pink, prémios para filmes de temática gay e transexual, e agora uma apresentadora temática…

Quem os viu e quem os vê!

Ellen you go girl, give them hell!

Responda se Souber XI

terça-feira, setembro 12

Porque é que 95,2% das lésbicas têm as unhas roídas?
(eu não tenho,nem a AR)

Responda se Souber X

Porque é que 90% das lésbicas têm carros comerciais?
(eu tenho)

Quem São Elas?

segunda-feira, setembro 11

Os meus amigos straight resolveram, a meio da noite, que queriam muito ir ao Trumps, quem era eu para os contrariar? Entre eles estava uma amiga minha que nunca lá tinha ido.

Entramos e fomos até à pista que tem a música mais comercial, passagem pelo bar e assim que estávamos todos aviados, lá fomos para o meio da pista. Eu estava um pouco receosa que eles não se sentissem perfeitamente à vontade (pois tá bem).

A meio da noite mais uma volta ao bar e o grupo dispersou, uns foram ao WC, outros espreitar a outra pista, fiquei eu e a minha amiga estreante junto ao bar. Às páginas tantas ela vira-se para com um ar intrigado e diz:

Amiga – Explica-me uma coisa. Vocês vestem, quase todas, de forma informal, e porque é que aquelas Sr.ªs estão ali tão produzidas, e vocês nem sequer vão lá?

Eu dirijo o olhar para onde elas estavam, sorri.

Eu – Amiga, aquelas Sr.ªs são transexuais…

Amiga – Ai que ingénua que eu sou! (Gargalhadas mútuas)

Resultado, passou a noite com as tais Sr.ªs dançando e rindo…

Abriram-se as Comportas

Acabei agora de ler um romance publicado pela 1ª vez em 1952… 54 anos depois continuamos exactamente com os mesmos problemas, todas as verdades mantém-se!

“O Preço do Sal” de Patrícia Highsmith, edições Europa-América. O romance fala dos problemas de uma mulher casada, com uma filha, em vias de se divorciar, que mantém uma relação lésbica. (Falarei do livro noutro post. Agora interessa-me pensar um pouco sobre a ressonância que ele teve em mim, a par deste fim-de-semana.)

Revi-me em todas as sensações: da vergonha pela condenação social; da contenção necessária em público na expressão dos afectos; da perseguição pelo marido, e da utilização desse amor como arma de arremesso num divorcio; da indignação vivida pelas personagens; da luta pelo seu amor.

O amor delas no fim vingou, à custa de um preço altíssimo que nenhuma mulher (homem) deverá pagar. O meu não vingou. O preço era definitivamente demasiado alto!

Nessa altura questionei tudo, especialmente, o Amor e a força que ele não teve. De lá para cá, perdoei a falta de força desse amor, perdoei-me a mim e a ela, e finalmente, compreendi a importância de tod@s sairmos do armário. Compreendi, que se os meus pais soubessem de mim, se os meus amigos soubessem, se o resto das pessoas que eu amo de paixão soubessem, saberiam então que não há mal num amor diferente, por uma única razão: alguém que eles amam e conhecem, é! Logo, podem compreender que todos os que são, serão também pessoas idênticas a mim, com a única diferença que eles não os conhecem…

Isto traduz-se em, só pela minha parte, já há mais 30 pessoas indiferentes à sexualidade do próximo. E se cada um de nós trouxer só mais dois para esta festa, em vez de 1 milhão, seríamos já 3 milhões de indiferentes. E num futuro próximo alguns dos sentimentos, revividos com a leitura, por e simplesmente deixarão de fazer sentido.

Este fim-de-semana caiu-me o queixo enquanto vagueava pelo Bairro Alto, nós éramos um grupo misto (3 gay, uma lésbica, uma bi-sexual e 4 heterossexuais), e de repente o meu gaydar dispara, para todo o lado onde olhava havia mulheres lésbicas (gay já se via muitos, à muito tempo).

Perguntava eu a uma amiga minha: “É impressão minha ou elas começaram a sair em força dos armários?” Resposta “ Sem dúvida estamos em muito maior número na rua, e já não é só nos sítios temáticos, deixou de ser vergonha!”

Não sei o que se passa, se foi alguma coisa que puseram na água, se foi o cansaço, ou qualquer outra explicação etérea ou sociológica. Mas deixem que vos diga, estou a gostar!!!

Incerteza!

sábado, setembro 9

(Contribuições para o blog vão chegando, seja em histórias que me contam, seja em conversas MSN roubadas, aqui fica mais uma contribuição, desta feita via e-mail… A tod@s @s que quiserem contribuir o e-mail está à disposição…)


Incerteza!



Assumir ou não? A sexualidade esta envolta em parâmetros apertados e delineados pela sociedade, mas, se todos forma-mos a sociedade em que vivemos (ou sobrevivemos, para alguns), temos de a respeitar, e uma grande falta de respeito é deixar que a própria da sociedade não nos respeite e, consequentemente nos ponha à margem da lei, por outras palavras…Que nos marginalize.

Assumir ou não uma orientação sexual, um lifestyle, ou uma outra qualquer tendência e/ou vontade é como escolher entre estar bem connosco próprios, ou estar bem com o meio ambiente em que nos inserimos. Ora, como será possível encontrarmos um equilíbrio ambiental se o desequilíbrio começa logo dentro de nós?

Bem, com isto quero referir que o mais importante é fazer aquilo que nos transmita e proporcione uma melhor “homeostase” entre quem somos e o que nos rodeia.

Não permitam a marginalização! É possível assumir sem chocar!

Contribuição de: DaTerraPaMar-te

"Volver"

sexta-feira, setembro 8


Inicia-se aqui no LésbicaSimples, uma “secção” sobre cinema. Oportuno, visto que se aproxima o Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa. De uma forma descomprometida, escreveremos aqui, críticas e episódios sobre os filmes e não só. (a companhia que levamos, as reacções das pessoas, etc).
Nada melhor que começar com um filme que estreou hoje nas salas de cinema de um grande realizador que, desde há muito, nos habituou ao seu estilo sofisticado, elegante, inconfundível. Um filme bem ao estilo de Almodóvar. “Volver” (“Voltar”), marcadamente dramático atenuado pela espontaneidade cómica e hilariante das personagens. Um olhar pasmado acerca de vários dramas reais, subtilmente desviado pelo argumento, um pouco previsível, mas não menos interessante. Ingredientes como Penélope Cruz, Carmen Maura e Lola Dueñas, fazem destes 120 minutos a cores, um grande momento nas salas de cinema. Muitas gargalhadas escaparam de um público, conhecido como a “elite” da António Augusto Aguiar e dos seus arredores, na melhor sala de cinema do El Corte Inglês.

10º Festival Gay e Lésbico de Lisboa

quarta-feira, setembro 6

Hoje, depois de uma ida ao cinema, chegou-me às mãos um postalfree no qual estava anunciado o festival gay e lésbico de Lisboa 2006. Curiosamente, devido ao post acerca da Ana Zanatti, alguém comentou referindo que ela seria um membro do júri, abordando assim o festival. Aproveito assim, intencionalmente, para divulgar este evento, que comemora o seu 10º aniversário. Entre 15 e 24 de Setembro, em várias salas de Lisboa.
Mais que um festival temático, é bom referir que, são filmes de boa qualidade, que suscitam em todos, todo o genero de impressões. Cinema alternativo, que promove por isso mesmo, a discussão, na actualidade mundial e neste caso, na actualidade portuguesa.
Para saberem informações específicas tais como, programação, locais; basta clicar no título, que remete para o site do festival.

Ana Zanatti II

Se acham que eu tenho admiração pela Ana Zanatti, então vejam a conversa em MSN, que tive com a amiga que me ajudou a sacar a foto do post anterior.
«Ela - eh eh, quando eu vi o filme achei mais graça, nesse ano longínquo, ao Pedro Oliveira!


Eu - fustiga-te, herege!


Ela - que heresia. quase me sinto culpada. como se fosse comparável?! Penitencio-me sim… hoje, que ascendi à luz, reconheço a barbaridade e peço perdão pelo meu enorme pecado, e pela minha condenável heresia, e espero que tenha já caducado pois estou sem tempo de rezar 500 Avé Marias conforme merecia.


Podes incluir uma nota de desculpas à Máxima dizendo que foi por motivos de força maior! E lembrar que o amor tudo pode, e tudo justifica…


Aliás não temos culpa que eles tivessem a melhor foto da senhora de toda a Internet e arredores. Lá por não ser grande coisa, merece ser destacada por falta de concorrência à altura. Se não quisessem ser plagiados que fizessem uma pior!


Já agora perguntar-lhes, à sua douta experiência, se eles sabem porque razão uma mulher tão formosa tem tão poucos ecos da sua beleza em tal receptáculo, que a poderia projectar para o mundo, (ainda que obviamente nós não tivéssemos interesse nenhum em que ela fosse projectada para longe de nós sem que pelo menos estivéssemos lá, com um colchão por baixo para atenuar a queda).


Portanto, e como mais dizer que não traia as purissimas intenções do nosso desprevenido coração? Que julguem os nossos actos como estouvados ou impensados, mas nunca como irreverentes ou mal intencionados. E como diria mesmo o Fernão Lopes, «antepoemos de simprez verdade, que afremosentada falsidade», e só por isso dizemos estas coisas aparvalhadas mas sinceras. Por isso mesmo, apresentamos desde logo as nossas desculpas pela impreparação e pela impulsividade, infantis e desculpáveis, quando a intenção é justa…


Mas dá os meus cumprimentos à Sra. Z. diz que um dia ainda nos cruzaremos, que eu a amarei de longe e em silencio como habitual!»


Eu - Ah ah aha! Dás-me autorização para postar esta conversa?


Ela - Eu nem quero ver o que vai sair, a esta hora da noite e com estas frases que se eu não soubesse o que andei a fazer diria q estou com os copos.»

Ana Zanatti

Hoje apetece-me fazer um tributo à voz (e não só) mais sexy deste país!

À Sr.ª, porque não tenham duvidas nenhumas que é uma Senhora na melhora acepção da palavra, Ana Zanatti.

Quando pensei neste tributo, achei que tinha de escolher uma foto fantástica, que fizesse jus à sua pessoa, aqui percebi a dificuldade de encontrar imagens da Ana Zanatti. O google só me disponibilizou 3 páginas de fotos, e nem todas eram dela (uma era da Lara Li, sinceramente que não entendo porquê…). Para encontrar esta (que não está nada mal) tive de recorrer à ajuda de uma amiga, que por sinal é sua fã incondicional, e mesmo assim deparamo-nos com problemas técnicos (foto indecentemente gamada à revista “Máxima”).

A Ana Zanatti entrou na minha vida, para nunca mas sair, pela mão do filme o “Lugar do Morto”, rodava o longínquo ano de 1984. E porque me marcou tanto o filme, a personagem, e claro, a actriz? Porque foi também a 1ª cena de sexo que vi na televisão (daquelas que nos fazem corar, ainda hoje me recordo da cena, e da sensação. Sortudo do Pedro Oliveira que contracenava com ela, raios).

Daí para cá fui acompanhando a sua carreira televisiva:
- Desde da apresentação de festivais da canção (em que era a única que não parecia ridícula naquelas roupas dos oitentas);
- Passando por “sitcoms” com a companhia do meu pai que as adora (abençoados momentos em família – pai a rir e eu a babar, até a fazer de sopeira ela produz este estado em mim);
- E agora amiúde espreito os “Morangos com Açúcar” para a ver de relance (aquilo é que é um exemplo de bom vinho do Porto);
- Comprei o seu livro, o 1º assim que saiu, li-o com curiosidade (um dia escreverei sobre ele).

Mas a recordação mais cara que tenho da Ana Zanatti, é da locução que fazia a documentários da vida animal, que via em êxtase na minha juventude, bem, verdade seja dita, eu não os via propriamente, deitava-me no sofá, fechava os olhos e ouvia aquela voz a ressoar na sala e em mim (que delírio)!

Ah saudades! Se pudesse, pedia-lhe para me contar histórias na hora de dormir (já não peço para que seja nos seus braços, mas acreditem que não os recusaria… Antes pelo contrário!)

- Ó Sr.ª dos meus ouvidos, fala comigo…

1º Beijo (o Beijo)

terça-feira, setembro 5

No dia seguinte ela convida-me para ir a casa dela. Lá fui eu com o coração nas mãos. Repetindo baixinho o mantra “eu consigo, eu consigo, eu consigo!”.

Sentei-me no chão (que cliché), ela no sofá. Conversamos durante muito tempo, sem nunca tocar no assunto, até que inevitavelmente o assunto surgiu. Fomos falando do toque, da ternura, do sentir do momento, até que quando dei por ela, já ela estava no chão à minha frente.

Daí ao beijo foi um instante. Não foi roubado. Foi suave, daqueles quase em câmara lenta. Ela iniciou-o e terminou-o, eu limitei-me a seguir a passada e a deixar-me sentir o meu primeiro beijo.

(Que romântico, que lindo, aplausos!!! Pois, mas como devem calcular ainda não terminou a festa…)

Estava eu a recuperar do meu 1º beijo, da sensação quente e doce, mal tinha aberto os olhos para olhar aquela (até se me falta o adjectivo) beleza atordoante! Quando a oiço a comentar o beijo.

(Pelo amor de alguém!!! Como é que é possível? O que lhe passou pela cabeça, para comentar o meu beijo? Que raio! Está uma miúda (yes I was a kid) atordoada, insegura, sem saber o que fazer a seguir, e a Sr.ª comenta-me o beijo? Qual Marcelo Rebelo de Sousa? Só faltou dar-lhe uma nota!)

Corei violentamente, fiquei sem saber o que fazer, tudo em mim se embrulhou… Calor, tanto calor que eu senti… (Agora reparem no estilo, é só classe! O que vale é que a adolescência é uma doença que melhora com o tempo!)

Eu – Acho que preciso de pensar!
Ela (confusa) – Precisas de pensar?!
Eu – Sim, e aqui não consigo.
Ela – (…)
Eu – Vou sair, preciso de ar, preciso de pensar.
Ela – E para onde vais pensar?
Eu – Para o café, aqui em frente, já volto. Desculpa-me, mas preciso de sair!

Saio pela porta, com aquele comentário a ressoar-me na cabeça… Saio sem saber porque saía (hoje sei “mariquinhas, pé de salsa”)! Chego ao café, peço uma água. De onde vinha tanto calor, que calor, que tempestade interior: “Será que ela gostou? Será que correu bem? Será que me volta a beijar? Porque raio saí eu? Estúpida, estúpida, besta! Mas o que raio quer dizer «que macia»? Nada apropriado a um beijo… Um beijo na televisão é quente, ou arrebatador, ou terno… Agora macio??? Macio??? Macia??? O que é isso? Como se aplica a um beijo?!”

Levanto a cabeça olho para a frente, ela está a sorrir (que ar de gozo que ela trazia, gozo do bom, do feliz). Que linda meu Deus, que beleza atordoante… Senta-se, não pára de sorrir, o meu ar de desespero devia ser por demais evidente. Ela não fala, limita-se a sorrir, e nisto sinto o seu pé a subir-me pelas pernas, na base das calças!

Eu – Estás doida? Olha as pessoas!
Ela – Ninguém vê…
Eu – Tu estás a matar-me, sabes disso não sabes? Eu vou ficar a bater mal por muito tempo.
Ela – Anda, vem comigo, se é para te matar ao menos deixa-me fazê-lo como deve ser! (Não se atrevam a pensar nisso! Não foi isso que aconteceu, isso é outra história, não para blog)

Haja mulheres assim. Beijos macios. E mortes lentas, desejadas e que nos fazem tocar, por momentos, o céu!

Perdi a inocência, mas em compensação já sei beijar e nunca mais fugi do que quero!

1º Beijo (o WC)

segunda-feira, setembro 4

Lá vou eu na companhia da minha garrafa de água até ao WC, entro e fecho a porta… Esperei, esperei até achar que ela já não vinha (pior que os 60 segundos anteriores, transpirava, tremia, respirava a custo). Ela bate à porta, eu abro e deixo-a passar, ela senta-se no tampo da sanita, olha-me e diz:

- Estou à espera!

(Olhem-me a lata, nem uma ajudinha, nem nada. A única coisa que me passava pela cabeça era: “Oh meu deus, isto está mesmo a acontecer, e agora??? O que é que eu faço??? Não sei dar beijos…” Eu nunca tinha beijado ninguém, e beijos apaixonados aos 6 anos não contam!)

Eu avanço até ela (até à sanita), ponho a mãos sobre a cara dela, e fico a olha-la de cima… Tento baixar-me, mas os meus joelhos não respondem, “firmes e hirtos como uma barra de ferro” recusam-se a pôr a minha boca à altura da dela.

Ela percebe o meu desconforto, abraça-me, encosta a cabeça ao meu peito, ali ficamos uma eternidade. Até que por fim ela pergunta:

Ela – Porque não me beijas?
Eu – Porque nunca beijei ninguém. Porque não sei. Porque estamos numa casa de banho de restaurante… (Iacky)
Ela – Mas queres?
Eu – Quero, mas acho que não consigo (cobardolas eu sei!).
Ela – Ok! Não faz mal… Há-de acontecer…

E com isto sai porta fora… Eu fico na casa de banho a tentar anotar a matrícula do camião que me atropelou (não é uma boca de referencia lésbica). O resto da noite decorreu sem incidentes…

(stay tune for next episode)

Sondagens

Cá estamos novamente para fechar mais uma sondagem: “Se tiverem mesmo de me chamar de homossexual, chamem-me ……….!”

As respostas mais votadas são:

Lésbica – 23 votos

Sáfica – 8 votos

Prima e Bolacha (ex-aequo) – 6 votos


Estes resultados merecem ser intelectualmente analisados.
Lésbica é o termo português que designa uma pessoa feminina que se sente atraída por outra do mesmo sexo.
Sáfica é o sinónimo directo (tradução) de Lésbica, mas usa-se maioritariamente, no Brasil.
Prima e Bolacha, curiosamente ficaram com os mesmos votos, sendo ambas também de países diferentes. Prima é um termo aparentemente exclusivo do nosso país, bolacha único e exclusivamente, brasileiro.
Constatando que o blog é lido por portugueses e brasileir@s, concluimos que, as respostas mais votadas serão talvez, os termos mais conhecidos e menos ofensivos dos dois países em questão.
P.S: No seguimento do encerramento desta sondagem abrimos uma nova poll: "o que me leva a comentar posts (ou não)". Digam de vossa justiça o que é que vos faz comentar os textos deste blog? Ou o que é que não vos faz comentar? Quais as vossas motivações positivas ou negativas? Que sentimentos vos despertamos.

Promontorium Lunae

domingo, setembro 3

Tenho o prazer de viver perto de um dos ex-libris portugueses, plantado a escassos minutos de Lisboa, Sintra (Monte da Lua).Hoje descobri mais um dos inúmeros recantos, refundidos desta vila, quando julgava já conhece-los todos. Pois é, deveras surpreendente, a magia que insiste em girar em torno de toda aquela serra, um sabor romântico, um semblante majestoso no salpicado verde cromático.É impressionante a energia misteriosa que se apodera da nossa pessoa, independentemente do recanto, todos eles são fantásticos.Sempre com o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros como plano de fundo, como se de uma cena de um filme se tratasse, em que tudo o resto gira em torno destes.Vale a pena recarregar baterias neste Promontorium Lunae, como antigamente lhe chamavam. São raros os dias em que o tempo permite ver com clareza o pico mais alto da serra, no qual se encontra o palácio, hoje foi um desses dias. Senti Sintra na íntegra, incondicionalmente, respirei, senti-me imortal e com forças para enfrentar as tempestades da vida. Tudo parece muito mais simples.Sintra é para digerir calmamente...Experimentem e procurem os recantos refundidos... ;)

1º Beijo (A Aposta)

Isto de estar de férias, às vezes, proporciona-nos encontros imediatos com o passado! Neste caso, ao virar uma esquina, esbarrei com o meu primeiro beijo. Um encontro ocasional, fortuito e rápido, que me trouxe horas de recordações!

O meu primeiro beijo foi um desastre!

A nossa diferença de idade era grande, 10 anos de diferença, ela era casada e que eu soubesse sem interesse nenhum por mulheres, antes pelo contrário, era ligeiramente homofóbica. Éramos bastante próximas como amigas, eu estava perdidamente apaixonada por ela, sabia que era uma paixão platónica, que nunca seria correspondida, por isso, a manutenção desta amizade era-me bastante cara (ainda hoje o é).

Uma bela noite, num jantar de amigos, com aproximadamente 40 pessoas, eu já estava ligeiramente alcoolizada, e fazia apostas com um pequeno grupo de amigos, sobre a quantidade de bombons que é possível comer em 1 minuto. Por fim, apostamos que eu comeria um pacote em 1 minuto. Preparava-me para executar a tarefa, quando ela se aproxima de mim e diz-me ao ouvido:

Ela - Aposto que não consegues comer isso em 1 minuto…
Eu – Olha que consigo!
Ela – Então está apostado, se perderes dás-me um beijo!
Eu (engasgada) – Han?
Ela – Um beijo!

E afasta-se. Eu fico sentada a olhar para o meu grupo, que distraído já falava de outra coisa qualquer. A quantidade de emoções que por mim circulavam, deixaram-me sóbria, nervosa, com a garganta seca…

Olho para o pacote, peço a alguém para cronometrar a prova, olho de soslaio para onde ela está, ela lá de longe finge não estar interessada na brincadeira de crianças que vai tomar lugar.

Tudo pronto e eu começo a virar bombons, que custavam a descer numa garganta seca, sentia o estômago cheio de borboletas, e uma pasta quente que se recusava a enche-lo (que suplicio, que 60 segundos dolorosos, longos e estranhos). Final de prova e sobravam meia dúzia de bombons na mesa…

Ela aproxima-se no seu andar felino, sorri, mete-se connosco! Eu levanto-me para ir buscar uma garrafa de água, ela dirige-se a mim, encosta-se, sorri e diz:

Ela – Perdeste!
Eu – E agora?
Ela – Agora tens de pagar!
Eu – Eu sei, mas como?
Ela – Vai para a casa de banho, eu já lá vou ter!

(continua amanhã - ou depois!)

Muslim?!

sexta-feira, setembro 1

Em conversa com um amigo, foi-me apresentada uma rapariga, pelo mesmo. Isto tudo via messenger. Rapariga norte-americana, sobre a qual nada sabia. Foi-me dito por este meu amigo, amigo de largos anos que, ela queria conhecer mais raparigas, para assim fazer mais amizades com pessoas do mesmo sexo, visto que aparentemente, os amigos que tem são quase todos masculinos. Iniciei o questionário, julgando eu, inconsequente. Primeira pergunta: “are you gay?”, à qual ela me responde: “no, i’m not, lol”
Claro que o meu tom era provocatório. Inoportuna continuei: “are you terrorist?” resposta dela: “lol”.

Passado o breve momento de inconveniência (que em algum momento da nossa vida, a todos nos afecta) surgiu a foto dela, qual não foi o meu espanto, era muçulmana! Então disse-lhe: “oh... you’re muslim...”

Muslim...terrorist...USA.... Apeteceu-me fugir e enfiar-me num bunker!...

Será que sou/estou a ficar básica e sem sal?!

Só porque queria conhecer mais pessoas do mesmo sexo, pressupus que ela fosse lésbica; porque vive nos Estados Unidos, pressupus que fosse terrorista. Quando vi que era muçulmana, percebi que tinha feito figura de parva! (mas ficou a gostar de mim na mesma, coitadinha!)

 

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