Atropelada por um camião* ou o arrombamento da porta do armário**

segunda-feira, outubro 30


Se alguém me dissesse, antes daquela tarde fatídica de 2001, que eu me ia apaixonar por uma mulher a minha resposta seria "ah ah ah ah". Não porque achasse que me fossem cair os parentes na lama (se caissem o que tinham de fazer era ir tomar uma banhoca para se limparem) mas porque nunca tal me tinha passado antes pela cabeça.

Nesse dia fatídico estava a trabalhar, era um dia igual a tantos outros (infelizmente). Ligaram-me do escritório...
tttrrrriiiimmmm ttttrrrrriiiiimmmm (é sempre melhor dar este toque de realismo à coisa e colocar a simulação do toque do telemóvel)
Director - Já podes vir buscar o teu carro de serviço, está aqui na garagem.
Eu- Ok. Passo quando sair aqui de Miraflores.

Rapidamente comecei a pensar como é que me iria safar com dois carros. Bom, sendo que eram os dois cabrios talvez fosse possível um autêntico acto de acrobacia e contorcionismo.

Não havia outra solução, iria ligar à única pessoa da empresa com quem eu tinha alguma afinidade e confiança apesar de só a conhecer há poucas semanas, afinal tinha começado a trabalhar naquela empresa há pouco mais de duas semanas...
tttrrrriiiimmmm ttttrrrrriiiiimmmm (na altura ainda não havia ring dings)
Ela - Olá
Eu - Olá, preciso de uma favor (digo eu logo à bruta)
Ela- Claro, diz lá.
Eu - Preciso que venhas ter comigo aqui a Miraflores para depois passarmos na Lapa para irmos buscar o meu carro de serviço.
Ela - Mas precisas que eu vá?
Eu - Tenho aqui o meu carro. Preciso depois de trazer os dois. Passamos em minha casa, deixamos um deles e depois deixo-te em casa.
Ela- Ok, estarei aí às seis e tal.

E lá continuei a trabalhar!

Às seis e tal levanto a cabeça do monitor do computador e vejo-a entrar pela sala de reuniões dentro. O que senti nesse momento nem sequer é passível de uma descrição com cabeça, tronco e membros. Assim que a vi o meu pensamento foi "pimba, já estás". Nesse momento deparei-me com o porMAIOR de me ter apaixonado por uma mulher. E agora?? Bom, agora vamos lá buscar o carro porque é para isso que cá estamos.

E fomos as duas no meu carro a falar sobre trabalho e sobre tudo e sobre nada. Eu a tentar controlar-me. Fizemos o planeado e ao chegar a casa dela para a deixar saiu a pergunta fatídica "queres entrar e ver as obras?"... eeerrrrr... "não", respondi rapidamente e pus-me a milhas!!!

Ora bem, eu estava perante três problemas... primeiro: tinha acabado de me apaixonar por uma mulher e tive que lidar com todo o turbilhão de sentimentos que isso implica, segundo: não fazia ideia se ela pertencia ao clube, e terceiro: eu sabia que ela tinha alguém.

Resolvi dissecar cada um dos problemas separadamente.

Primeiro: certo que apaixonar-me por uma mulher nunca me tinha passado pela cabeça mas também não ia transformar isso num drama. Desde o primeiro minuto que resolvi assumir isso como sendo o mais natural dos sentimentos e desde então sempre agi de igual forma quer estivesse com uma mulher ou com um homem... PROBLEM SOLVED

Segundo: em que clube jogaria ela?? Isso até que nem era relevante porque o terceiro problema anulava este.

Terceiro: ela tinha alguém. Portanto, sai de cena quem não é de cena e eu decidi que ficaria sossegada!

So far so good... ah pois... nas semanas que se seguiram foi uma dança de sedução de ambas as partes (confesso que da minha parte muitas coisas foram inconscientes e disseram-me que mandei mensagens que eu juraria que não tinha enviado).

Algures numa noite (já bem tade)...
Ela - Não queres vir aqui a casa? Estou a acabar um trabalho e apetece-me conversar.
Eu - Bom, já estou deitada mas vou tomar duche e vestir-me e daqui a pouco já te ligo para me abrires a porta.

E lá fui... às tantas da manhã o diálogo das duas, deitadas em cima da cama de solteira dela, foi...
Ela - Tu já percebeste, não percebeste?
Eu - Que o teu namorado é uma namorada?
Ela (a sorrir) - Sim.
Eu - Há algum tempo que percebi.
Ela - E então?
Eu - Então o quê? Não me incomoda que seja uma namorada mas incomoda-me que tenhas namorada.
Ela - Tu atrais-me. Não me és indiferente.
Eu (a fugir para a outra ponta da cama) - Pois, mas o melhor é pararmos por aqui porque senão vai haver merda.

E adormecemos.

No dia seguinte acordamos, almoçamos com os pais dela e depois voltamos para o sotão (o quarto dela, do qual ainda me lembro todos os pormenores).

Ela - Vou beijar-te
Eu (a fugir) - Não, não vais.
Ela - Vou.
Eu (já encostada ao armário e sem saber onde me enfiar). Não.

E beijou-me. E beijei-a. E beijamo-nos.

Depois nada mais foi igual na minha vida. Não mudou para melhor ou para pior. Mudou, simplesmente.

E o armário? Bom, no dia em que ela entrou pela sala de reuniões dentro foi o dia em que entrei no armário e foi também o dia em que rebentei com a porta para sair!


* Eu diria mais comboio mas tenho mais hipóteses de sobrevivência se for por um camião

** Estar dentro do armário e ser claustrofóbica é algo totalmente incompatível e como tal assim que me vi lá dentro CATRAPUM, rebentei com a porta... à bruta mesmo

(mais uma contribuição da Bifinha)

Mulheres Alpha

domingo, outubro 29


Mulheres Alpha, antes de mais a denominação não me parece feliz, porque refere-se a uma dominância social (ordem social dos animais superiores - Wikipédia) e pressupõe o uso da autoridade. Mas, de facto não tenho uma melhor denominação para elas, portanto, manter-me-ei com denominação de Mulher Alpha, embora considere falsos os pressupostos que a mesma invoca.

Depois a escolha da Shane, tráz um problema acrescido à discussão, ela poderia ser um belo exemplar de uma mulher Alpha, mas não o é, pelas simples razão que a sua personagem foi desenhada (construída) por uma mulher não Alpha, ou seja, é nos dada a perspectiva de quem vê Alpha e não de quem é Alpha. Esta minha conclusão deve-se sobretudo à falta de informação (o mistério que é a Shane) sobre a personagem. E muitas vezes quem olha a mulher Alpha tem esta mesma perspectiva, que está face ao indecifrável, mais do que face ao incontrolável.

Ora dito isto, deixem-me agarrar no enunciado das características mais marcantes facultadas pela Blue, e dar-vos a visão interna das mesmas, depois juntarei outras características, voltarei a baralhar e de preferência contribuirei para mais uma discussão acesa em sede de comentários.

1. Não se impressiona com gestos românticos. Esta característica não se deverá tanto ao grau de exigência, mas sim à forma como vivem a vida. O belo e o romântico só se encontram na espontaneidade, ela achará a coisa mais romântica do mundo um olhar, um beijo na testa, uma festa num momento em ninguém a ousa tocar (porque está prestes a explodir), do que os gestos que a maioria das pessoas considera gestos românticos.

2. Ela continuará a sair com outras pessoas. Na mulher Alpha esta é uma característica fortíssima, ela é uma pessoa que gosta de pessoas, tem muitos amigos preza-os com a vida, e se tiver de escolher entre eles e uma mulher, não há dúvidas, por uma simples razão, o amor é espontâneo (pode acontecer muitas vezes, ou poucas, pode ser por uma mulher ou por muitas) e finito (o para sempre pode ter 24 horas); a amizade é para sempre e é um amor divisível, partilhável e multiplicável (quantos mais amigos melhor).

3. Ela é pouco disponível. Com tantos amigos, com vida profissional, com mais do que uma paixão ao nível dos interesses (passatempos, trabalho, estudo, etc.) e por aí fora, acreditem que tempo é um bem escasso.

4. Ela insiste em pagar sempre as contas. Elas acreditam que o dinheiro deve ser traduzido em prazer. Não é por não querem ficar a dever nada a ninguém, não é para controlarem a situação, é exactamente por poderem e por lhes dar gozo que o fazem.

5. Ela exige, não porque está habituada a ver os seus pedidos satisfeitos. Ela exige porque sempre exigiu de si e para si o melhor possível. A exigência é só uma tradução de qualidade.

6. Ela é sarcástica e condescendente. É-o porque sente que a qualidade que espera é defraudada, e traduz o seu descontentamento desta forma.

Agora mais uns novos pressupostos a considerar:

7. Elas adoram pessoas, mas são seres solitários, precisam do seu tempo para gerir o impacto que as pessoas têm em si.

8. São auto-suficientes na vida, o quer dizer que raramente pedem ajuda, e preferem sem duvida caminhar sozinhas do que acompanhadas.

9. São controladas, o controlo é imprescindível para quem são, não é o controlo sobre o outro, nem tão pouco sobre as situações, é o controlo sobre si mesma em todas as situações (raras excepções com amigos), e face a todas as pessoas.

10. Gostam demasiado da sua liberdade, porque acreditam que o mundo não se encerra num ser ideal (embora o busquem), mas num mundo de seres que se completam dentro dela.

Depois de tudo isto dito, convém avisar que estas Srªs não são todas iguais, que não são deusas, que têm defeitos como todas nós, que as há de todas as maneiras e feitios e que nem todas são do club.

Este é meramente um enunciado de características aleatórias e que juntando os dois posts, vêem-se as mesmas características sobre diferentes perspectivas, e mais posts houvessem…

E para terminar: Yo no soy essa!

Os ELES e as ELAS!

sexta-feira, outubro 27

Mais uma contribuição externa! Desta feita por Bifinha (link para o blog dela "Da Minha Vida Sei Eu" ali ao lado nos simples L)!


And for better or for worse, estas duas espécies são totalmente diferentes. Talvez o outro tenha mesmo razão e as mulheres sejam de vénus e os homens de marte! Ou será o contrário? Bom, ainda bem que nenhuma das espécies é de Plutão porque agora essa coisa é um calhau!!!

Eu gosto delas mas alturas houve em que gostava deles. Hoje é mais para o lado delas que me balanço mas, como tendo a cair, talvez amanhã balance para o outro lado.

Eles deixam o tampo da sanita levantada e elas usam vários cremes diferentes, provavelmente a maior parte não serve para nada e a outra parte servirá toda para a mesma coisa.

Ambos têm problemas capilares... eles fazem a barba... elas a depilação!

Eles têm a mania do tal do ménage à trois e elas a tara de encontrar o princípe encantado (ou princesa, dependendo do estado de espírito).

É fácil ouvir deles que o sexo pelo sexo sem qualquer outro sentimento (qualquer que ele seja) "agarrado" faz todo o sentido e é saudável. Elas já romantizam mais a cena!

Elas têm o complicómetro ligado 99% das vezes e eles têm o sinal luminoso "não me aborreças agora que estou a ver a bola" ligado em igual percentagem.

Há diferenças, é inegável. Há coisas boas e coisas más em qualquer uma das espécies e nem é possível fazer qualquer comparação sobre qual delas (das espécies) será de melhor convívio.

A não ser que... bom, a não ser que a comparação se baseie única e exclusivamente em sexo e aí as elas levam uma grande vantagem porque o sexo com elas é muito melhor!!!

Strip!!!

quinta-feira, outubro 26

Como todas as colaboradoras deste blog conseguiram faltar ao tão anunciado Strip (shame on us) do passado dia 22 de Outubro, deixamos aqui alguns excertos de um texto que nos foi enviado pela Duca que descreve um pouco do acontecimento (deixamos também o link, no fim do post, onde encontraram o texto integral).


"Começo já por dizer a quem não foi, roam-se de inveja porque deveriam ter ido!
O bar tem um aspecto normalíssimo, limpo, simpático e sóbrio, com sofás e mesas ao redor de uma pista que tem um varão ao meio.

As bailarinas são muito bonitas e dançam à volta do varão despindo-se (apesar de se apresentarem já quase despidas) até ao nu integral. Para não exagerar, vou limitar-me a dizer que, apesar de não considerar que o que elas fazem seja um strip tease na verdadeira acepção da palavra, a verdade é que vale bem a pena vê-las.

A entrada é 10€ com direito a duas bebidas, assistência a todos os shows e dançar se quisermos, até porque a DJ põe boa música (deveria ser convidada para o próximo Lesboa) nos intervalos dos shows.

Foi uma noite diferente, divertida e sensual. Valeu a pena!”


Ao que parece é para repetir…

http://pussycatblue.forumup.com/about301-15-pussycatblue.html (o texto está no fim da pag.)

Cidadã de Segunda Só para o que Vos Interessa

terça-feira, outubro 24

Exijo ser tratada como a cidadã de segunda a que me votaram, pelo menos até 2009 (quando o Sr. Sócrates irá pensar em abordar a temática do casamento homossexual). Raios! Estou farta deste Estado de Direito.

Porque raio hei-de eu, que vejo os meus direitos fundamentais consagrados na Constituição serem ignorados, regulamentados de forma arbitrária e quem sabe, passíveis de referendo, pagar o mesmo que pagam aqueles que usufruem de todos os seus direitos?

Como se não bastasse, é a segunda vez este ano que tenho os serviços do estado a exigir que eu pague mais do que, efectivamente, tenho de pagar.

Primeiro a tesouraria da fazenda pública veio dizer-me que eu tinha de pagar IVA em atraso desde de 2003, (tá bem abelha) quando eu sou isenta de IVA pelo tipo de actividade que exerço. Esta palhaçada saldou-se em 4 horas de trabalho perdidas nas finanças, para que um funcionário me indicasse o número do despacho interno que regulamenta a interpretação do artigo de isenção, para que eu pudesse escrever uma cartinha a informar as finanças que eles têm um despacho interno que diz que eu sou isenta.

Simplex Sr. Sócrates?

Agora a Segurança Social em todo o seu esplendor veio dizer-me que tenho todas as prestações por liquidar desde Setembro de 2003. Eu explico, como em Setembro desse ano passei a trabalhadora dependente, mas mantenho uma actividade de independente em simultâneo, eu teria de pagar duas prestações mensais, ou seja, a entidade para a qual trabalho paga a minha segurança social, e eu porque trabalho mais que o comum dos mortais (e pago 20% de impostos sobre cada recibo verde, logo à cabeça) tenho de pagar outra prestação de segurança social, todos os meses, independentemente de trabalhar pontualmente na minha actividade de independente.

Falta de produtividade Sr. Sócrates?

E agora, como se não bastasse vem o Sr. dizer que os meus direitos, só para 2009.
Agradeço, o favor de me considerarem sem deveres durante igual período de tempo.

Lesboa Again!!!

segunda-feira, outubro 23

Já está marcada a nova edição da Lesboa Party. Nova localização, novas Djs, live performance e novas formas de aquisição de bilhetes. Mantêm-se o preço, o nome e a organização.

O acontecimento tomará lugar no próximo dia 2 de Dezembro (já me lixei)!

Agora o que me intrigou… A festa é LGBT e hetero-friendly…

(link no titulo do post)

The Look!

domingo, outubro 22

Fui jantar com uma amiga a uma tasca, daquelas a que se vai porque a comida é excelente, e em que tudo o resto, a começar pela higiene, é para entrar de olhos fechados e sair de mesma maneira.

A amiga é daquelas que dá nas vistas vá para onde se vá, especialmente, numa tasca em que destoa de todo o ambiente, então ao meu lado é de rir (naquele dia então, que eu vinha a puxar pela a androginia à força toda)… Ela sabe que eu sou!

Tínhamos acabado de atacar um arroz de lingueirão, acompanhado de conversas sérias, quando pedimos a conta. Como íamos pagar com cartão, aproveitamos e fomos pagar ao balcão para depois seguir directas para a saída.

Ao balcão estava um grupo de homens a beber uns digestivos, daqueles que mesmo para quem gosta de homens, a coisa não corre bem. Eu segui para a máquina, do verde – código – verde, e a minha amiga ficou um pouco mais afastada do balcão. Com o papelinho e a factura na mão, viro-me para encontrar a amiga e dirigirmo-nos para a saída, ela já se tinha pirado e esperava-me quase ao pé da porta.

Eu – Então? Está tudo bem?
Amiga – Fogo, desculpa lá, mas aqueles gajos não paravam de olhar.
Eu – O que esperas!?
Amiga – Mas estavam a olhar, com um olhar de: “O que é isto?”.
Eu – Ah! Por estares comigo! Estavam a tentar perceber como é que eu te tinha sacado? O que faz uma mulher gira como tu com uma gaja?
Amiga – Sim! Fogo… É sempre assim que te olham?
Eu – (…)

Será que estou a ficar imune aos olhares? Que já nem os vejo?

PARABÉNS STRANGELOVE

sexta-feira, outubro 20


Como a AR disse, aqui podemos oferecer tudo e como tal, ofereço-te este saxo bem acompanhado claro. Não ha dinheirinho para o materializar, aqui fica versão virtual.

Beijinho mmmmmmmmuuuuuiiiiiiittooooooooo grande

Happy Birthday StrangeLove!


PARA A QUERIDA “COLEGA” STRANGELOVE:





Não vale a pena fazeres essa cara de admirada, olha as rugas amor! VÁ LÁ, SOPRA AS VELAS E PEDE UM DESEJO.

MUITAS FELICIDADES!

MISS SHIRLEY B.

Happy Birthday StrangeLove!!!



Parabéns minha querida!

Como virtualmente podemos oferecer tudo, fica aqui uma loira e uma morena, escolhe uma e deixa a outra para as amigas!!!

Beijos e Diverte-te este ano, Muito!

Straights…

quarta-feira, outubro 18

Num comentário a um post, a Velaslee perguntava-me que raio de fixação era esta que eu tinha por Straights…

Pus-me a pensar (evitem gracinhas, sim?), efectivamente, sempre tive esta fixação! De tal forma grande que nunca tive uma namorada que fosse lésbica, ou seja, nunca namorei com uma mulher que tivesse namorado (dormido) com mulheres antes de mim! Assim, poderemos considera-las Straights. Resumindo, só namorei Straights…

A razão para este facto é óbvia para mim, além de óbvia uma vergonha. É que até há algum tempo eu estava no armário, mas mais que estar no armário, desenvolvi comportamentos e atitudes homofóbicas, mas muito selectivos, ou seja, só em relação a lésbicas!

Não queria ser vista, nem de perto nem de longe, com uma lésbica, muito menos “daquelas que se nota que são”, assim fui-me afastando de todas as mulheres que eu considerava que podiam ser lésbicas (por esta razão me irrita tanto o preconceito face às “camionistas”, porque reconheço a homofobia contra a qual dizemos lutar). Ora, só me restavam as straights!

E agora? Agora, old habits are hard to break!

Links

terça-feira, outubro 17

Actualização de links pronta… Demorou mas ficou!

Quem tiver reclamações a fazer, porque não quer a linkagem, ou porque está na secção errada, ou por motivos que neste momento me escapam, é favor fazer queixinhas no e-mail, para corrigir-mos o erro!

P’la Administração
AR

The L & G Word Party

No sábado, com a StrangeLove, fomos a esta festa! Antes de irmos estávamos desconfiadas, especialmente, pelo sitio, que eu desconhecia por completo, mas que a SL já tinha tido oportunidade de passar por lá, e as referências que me dava, não eram propriamente de um sitio em que se pudesse realizar uma festa, nem era pela localização, mas pelo facto de se realizar num 1º Esq.

De toda a maneira lá fomos, nós e mais quatro, entre as quais duas amigas minhas staight (eu tenho mesmo de perder este hábito de levar staights a festas Gay). Um à parte para dizer que uma das minhas amigas não sabia que eu sou, e que, obviamente, ficou a saber nessa noite (one more down, still some to go!).

Lá chegamos, subimos as escadas e desembocamos numa porta aberta com uma pequena fila, pagamos a entrada de 5€ com direito a uma bebida, e entramos! A única coisa que me ocorreu era a semelhança da festa, com as festas de garagem da minha adolescência. Tudo muito amador (atenção, que este adjectivo não tem necessariamente uma conotação negativa), toda a organização eram mulheres, o público lá dentro era também maioritariamente feminino. Deviam lá estar umas 100 pessoas quando entramos (12:40), saímos perto das 02:00 e já só estavam metade das pessoas, e com uma maior incidência Gay.

A iluminação era excessiva, via-se tudo de um lado ao outro da festa, o bar era fraquito na diversidade de bebidas disponíveis mas rápido no serviço, a música era dentro do género da Lesboa, mas a altura do som estava bem ajustado, e um pouco mais dançavel!
A música era interrompida de tempos a tempos para a actuação de um Sr. transvestido de Sr.ª (nunca sei o que denominação dar as estes artistas, e já agora, para quando mulheres a transvestirem-se de homens?), a interrupção era simpática mais pela mudança no registo das musicas do que pela actuação, que foi fraquinha (qual lugar às novas no Finalmente)!

Enfim, foi uma festa, não se estava mal, mas não há muito a registar… De toda a forma, independentemente da minha opinião sobre as Festas da Mulher Aranha, louvo a coragem à organização de fazer, assumidamente, festas só para mulheres, bem hajam!

I'm thinking about you

segunda-feira, outubro 16


Estava eu a tomar o meu pequeno almoço (as coisas que eu penso às 9 da manhã), quando me assalta uma ideia sendo essa mesma ideia, a imagem que acompanha este texto. Ora agora digam lá, o quão interessante seria, se nas embalagens dos cereais, do leite, dos iogurtes, estivesse uma senhora como esta para nos alegrar ainda mais o dia e para bem começarmos, com uma boa mensagem do género "I'm thinking about you"! :D

Blue

domingo, outubro 15

Mais uma colaboradora que se junta a nós... E preparem-se que os posts da Blue vão ser servidos com muito gelo... Desde já um obrigada nosso pela disponibilidade...

Porta-chaves

Ofereceram-me um porta-chaves onde se lê:

I once was a Tom boy, now I'm a full groun Lesbian!

Que nem uma luva...

Alguém me explique!

sexta-feira, outubro 13

O que se passa com os meus amigos stright? Agora deu-lhes para iniciarem relacionamentos e pedidos de casamento em sítios Gay…
Ora reparem, um casal iniciou o seu relacionamento no Trumps, e os outros que já eram um casal, ele resolveu pedi-la em casamento, na ilha mais gay do mar mediterrâneo – Mykonos…
Sítios gay serão românticos? Mykonos ainda admito, mas o T?

O que se passa com os meus amigos? Yo no lo entendo…

"Marta"

quarta-feira, outubro 11

A Ok Tele Seguro criou um seguro só para mulheres. Uma publicidade a condizer, em que aparecem uma quantidade de “homens bons”! Vou evitar comentar…

Mas quero que fique bem claro que prefiro a “Marta”!

Votações e Polls

terça-feira, outubro 10

Resultados da última poll: “O que me leva a comentar (ou não) posts…”

Os resultados foram de encontro aos motivos pelos quais escrevemos num blog, resumindo andamos todos ao mesmo…

A grande maioria dos votos foram entregues a duas das opções possíveis: “Masturbação Mental” (31%) e “Diverte-me” (25%) de 32 votos contados.

Segue-se então a nova poll: “Body Part’s”- Qual a preferida?

Sabemos que as pessoas valem pelo seu conjunto, mas o desafio aqui é tentar entender qual a parte do corpo que nos chama, esteticamente, mais a atenção.

Boato

segunda-feira, outubro 9


Pronto! Já percebi de onde vem o boato!

(recebido via e-mail)

Going Down

sexta-feira, outubro 6

Vão-me desculpar o desabafo! Mas nem tudo na vida me dá para rir. E hoje dói-me. Pensei em todas as razões para não fazer este post. Mas no fim apenas postei!

Dói-me o corpo, dói-me a cabeça, dói-me o sentir! Sinto a minha Alma a Rasgar mais uma vez…

Perdi-me de mim, algures numa longa caminhada! Perdi-me do meu sentir, perdi-me do meu corpo, perdi-me do que esperava de mim… Acima de tudo perdi tempo e a minha inocência, deixei de ser crédula e estou atrasada para a vida!

Há alguns dias que me sinto a rasgar de dentro para fora! Olho-me ao espelho e vejo uma pálida sombra de mim, sinto-me vergada às evidências, não posso ser eu aquilo que o espelho me devolve! E olho novamente, ele diz-me que de facto não era eu o que ele reflectia durante todos estes anos, e o que vejo agora sou mais eu do que nunca!

Tenho de me carregar daqui para fora (embora não só, que os amigos não me deixam), tenho de me reencontrar, tenho de ver como estou eu depois de tantos anos em que me deixei ao abandono no meio da rua!

Sei o que não quero! Sei o que não mereço! Sei como fiquei assim! Sei que é altura de me fazer a mim e à vida!

A dor passará, porque ela passa sempre! But it sting’s like hell, right now!

Let's fall in love

quinta-feira, outubro 5

Esquecendo ou recordando a festa, criticando positiva ou negativamente a mesma, façam isto para serem felizes nas próximas festas e afins... Uma música da banda sonora da primeira série do L word.

"We might have been meant for each other
To be or not to be, let our hearts discover
I have a feeling, it's a feeling
I'm concealing - I don't know why
It's just a mental, incidental, sentimental - alibiBut
I adore you, so strong for you
Why go on stalling,
I am falling, love is calling - why be shy
Let's fall in love
Why shouldn't we fall in love
Our hearts are made of it, let's take a chance
Why be afraid of it
Let's close our eyes
And make our own paradise
Little we know of it, still we can try
To make a go of it
We might have been meant for each other
To be or not to be, let our hearts discover
Let's fall in love
Why shouldn't we fall in love
Now is the time for it, while we are young
Let's fall in love"

... interpretado pela grande Ella Fitzgerald... para ti... para mim... para todos os que quiserem ver e viver a vida assim!

Lesboaparty...last but not least.

Ainda na fase de rescaldo e antes que perfaça uma semana, achei por bem fazer algum comentário á LesboaParty.

A minha visão da festa é, nalgumas coisas, diferente da das minhas “colegas”, é verdade que os meus olhos estão mais inclinados, ou ensinados, a admirar especímenes do sexo masculino. Porém, não posso deixar de demonstrar a minha alegria, e surpresa, pela quantidade de mulheres que estavam na festa. E giras, muito giras! (AR: estavas o máximo!) Houve alturas da festa em que pensei que as minhas amigas estavam com problemas nos globos oculares, de tão depressa que moviam os seus lindos olhos para não perderem pitada do que se estava a passar. Gostei do ar descontraído das pessoas, via-se perfeitamente que estávamos todos á vontade na festa, sem qualquer constrangimento. Afinal de contas a maioria das pessoas que lá estava tinha algo em comum.
Como já foi dito antes, houveram falhas. Mas nada de grave. Apenas um bar foi pouco para tantas pessoas, mas também acho que não se esperava uma adesão tão grande. A selecção musical não foi muito feliz, o que não quer dizer que a DJ de serviço não prestasse, mas não variou de registo durante as 2h e 30m em que estive na festa, e é de referir que a classe etária era muito variada, mas com uma quantidade razoável de mulheres acima dos 35 anos, era de esperar que a musica fosse mais abrangente.
Resta-me referir alguns aspectos positivos:
1- O espaço era suficientemente grande e espaçoso para não andarmos todos aos encontrões;
2- A varanda foi um must, é essencial em qualquer festa, ainda por cima quando está bom tempo e tanta gente a fumar no mesmo espaço;
3- As bebidas tinham um preço bastante acessível, (apesar de ter visto pessoas a encher garrafas de água na casa de banho).
Pronto, afinal não são assim tantos aspectos positivos…

Avaliação final ( de 0 a 10) : 7 e é porque hoje estou muito bem disposto.

Ficamos á espera da próxima. Lá estaremos de novo! Sem duvida.

in and out of the "L" Party

Com todas as falhas que se perdoam aos principiantes, assim estava a festa.
Como a AR fiquei muito contente por ver tanta mulher junta.
Aproveito já para dizer a quem não esteve, ou a quem esteve e não recebeu o flyer, que dia 22 de Outubro vai haver um strip cujas as artistas e a audiência serão mulheres. Venham, venham, venham...vamos ver se Lisboa cresce.

Lesboa Party - Diário de uma Noite (fim)

quarta-feira, outubro 4

O som lá dentro continuava alto demais para quem se encontrava num estado de sobriedade absoluto, mas também quem é queria sair daquela varanda? As conversas fluíam, ia-se as comentando pessoas e a festa.

A determinada altura precisava de mais uma bebida, recolhi os cartões à minha volta e dirigi-me ao bar, um quarto de hora depois estava de volta sem as bebidas. Aquilo junto ao bar estava um inferno absoluto. Recusei-me terminantemente a ficar a olhar para o único sítio da festa que tinha a maior concentração de homens por metro quadrado, dentro do bar (agora não sei se foi impressão minha, mas achei que também eles estavam fascinados com a concentração de mulheres giras, nada estereotipadas, e que esquecendo-se que 90% delas são lésbicas, estavam a fazer charme. E o que todas nós realmente queríamos era uma bebida, nem que tivéssemos que seduzir o barman para isso. Será que eles não viam?)

Voltei para junto dos meus amigos, para descobrir que a Sr.ª a quem eu estava a tirar as medidas (todos os meus amigos estavam a dar uma forcinha, e dar desalmadamente nas vistas) se tinha evaporado da varanda.

Voltamos à conversa e deixo aqui aquelas que para mim foram as frases que melhor caracterizaram a festa:

M.S. – Será que eles não sabem que somos pessoas “alegres”? E que precisamos de música “alegre”?

Strangelove – A Ar pode olhar, tu não… Anda cá!

Ar – Importaste de trocar de lugar comigo, que tu já estás casada, e eu daqui não tenho ângulo de visão?

LNJS – A maioria das pessoas está sóbria e isto já é o que é, imagina se o álcool fluísse livremente…

M.S. – Precisava de dançar, mas esta música não muda, xiça…

Segurança – Importam-se de entrar, temos ordens do porto de Lisboa para fechar a varanda às 04:00. É que vai atracar aqui um barco.
M.S. – E têm medo de quê? Que elas saltem todas da varanda para comer os marinheiros? É que nesta festa não se corre esse risco…

Sóbria, com a vista lavada, resolvemos ir até ao T para acabar a noite com algum álcool…

Lesboa Party – Diário de uma Noite

segunda-feira, outubro 2

Às duas da manhã sentados num bar do B.A. olhamos um para o outro (AR e Miss Shirley).

M.S – Vamos?
AR – Parece boa hora!

Entramos no táxi, o trânsito estava caótico! Pela 1ª vez dei graças a Deus por nos ter calhado um taxista completamente doido, se não fosse por ele não estaríamos lá antes das 04:00, mas verdade seja dita, chegamos transpirados de medo.

Encontramos o sítio já com fila à porta, eu preparava-me para aguardar a minha vez com a devida paciência, quando vejo M.S. a passar pela fila e a ir directo ao porteiro (estávamos na guest list, isto de passar algum tempo na net às vezes compensa), eu segui-o hesitantemente. Nomes dados, cartão para as mãos e ala que vão eles.

Entrada no 1º átrio, comentário de M.S – “Meu Deus que luz é esta? Deveria ser proibido esta iluminação na noite (a luz era tipo luz de cozinha, as chamadas luzes frias), mostram os defeitos que andamos horas a tentar disfarçar. Corre amor, corre para ser rápido!”

Subimos as escadas e entramos. Parámos quase de imediato, a absorver o impacto do espaço e da quantidade de gente. Parecia que não estava muita gente, para o espaço que era, puro engano, quando olhei para esquerda e vi a varanda, o meu queixo bateu no chão (tanta gente e 90% mulheres).

AR – Uau!
M.S – Shit! Está um calor aqui dentro! Ah, tem varanda, bom!
AR – Preciso de beber! Estou demasiado sóbria para tanta mulher!
M.S. – O bar é só aquilo? Não há outro?
AR – Não vejo mais nenhum…
M.S – Estamos lixados com F.

Seguimos para o bar, M.S. (que sempre teve e quíntuplo das minhas competências sociais) tira-me o cartão das mãos e segue altivo para o bar, eu sigo logo em seguida (demoro a aquecer na cena social, e ele sempre foi o meu melhor desinibidor). Enquanto M.S faz-se afoito à confusão, eu faço o que de melhor sei fazer, observar! Assim, que olho a parede do fundo, vejo a Angelina (a Joli) a olhar-me com o seu sorriso impagável. Penso – “Então sempre te convidaram minha querida, agora já me sinto mais reconfortada”.

O que vejo? Mulheres, mulheres e mais mulheres! De vez em quando o meu olhar tropeça num homem! Havia de tudo e para todos os gostos, penso que o estereótipo da Lésbica, para quem os tinha, ficaram desfeitos no 1º olhar.

À minha frente duas miúdas na casa dos vintes, de estilo “the girl next door”; à direita um grupo de Sr.ªs mais velhas, na casa dos 50, estilo masculino; à direita o grupo que tinha, a que para mim foi eleita, a mulher mais bonita e sexy da noite, fiquei vidrada a olhar para ela, reparei que comunicavam em língua gestual, fiquei embaraçada por estar a olhar (pensei que pudessem achar que eu em vez de estar a admirar aquela beleza pura, estivesse de alguma forma a ser preconceituosa – estupidez de pudor o meu, que só ajuda a estigmatizar ainda mais. Tenho de acabar com isto. Para a beleza pura: - Se por algum acaso leres este canto, ficam aqui as minhas desculpas!), nisto M.S. pega-me pelo braço e arrasta-me para um outro ponto do bar: M.S. - “Sitio mal escolhido, aqui é a zona das caipirinhas!”

Troca de zona e no caminho sou enlaçada pela LiveNotJustSurvive:

LNJS – Isto é que são horas?
AR – Oh pá, nunca gostamos de chegar muito cedo!
LNJS – Que tal? O que estás a achar?
AR – Bom, muito bom! Mas vai ser uma aventura conseguir uma bebida!
JNJS – Nem imaginas, ainda só bebi uma, tal é a confusão.

Ela segue para cumprimentar umas pessoas, e eu no meio da multidão vislumbro uma cara conhecida (que só conhecia via net). Segue-se o momento embaraçoso do costume, que acontece-me sempre na 1ª vez que vejo ao vivo, alguém com quem só falo via net, um misto de desconforto com alegria, cumprimentamo-nos e trocamos algumas palavras.

M.S. chega a transpirar com duas bebidas na mão e a proferir impropérios, dá-me a minha bebida (bem dita a hora, demorou 45 minutos), recompõe-se, faço as apresentações e seguimos para a varanda.

Na varanda estavam 60% das pessoas da festa, a noite convidava, o Tejo estava lindo, a música ouvia-se melhor na rua (menos decibéis) e as vistas (mulheres, mulheres e mais mulheres) estavam um must. Parámos num ponto da varanda, para logo em seguida M.S. arrastar-nos para outro ponto, mais uma vez estávamos mal iluminados (pode parecer embirração, mas que ele tem razão tem). Nisto junta-se a nós Strangelove, e mais umas amigas minhas.

De repente apercebo-me que estou feliz, tenho à minha volta uma quantidade de amigos, e estou num sítio cheio de mulheres…

(Continua...)

LesboaParty Críticas (Re)Construtivas

domingo, outubro 1

1- O espaço era muito bom mas mal aproveitado!

2- Podem variar a música numa próxima!

3- Podem colocar um bar na imensa varanda (assim seriam dois, um dentro e um fora).
3.1- O único bar com 2 barmen e 2 barwomen não conseguia dar vazão atempadamente aos clientes (tempo de espero, cerca de 25minutos por uma bebida).

4- Podem variar as bebidas (de qualquer forma, para o escoamento que não existia, servia bem a variedade).


Resumindo e concluíndo, o espaço era bom, a vista para o tejo era boa, aparentemente tudo era bom, de qualquer forma, espero que numa próxima seja bem melhor! De qualquer forma, era festa piloto, para a próxima é bem melhor, acredito.

P.S: Opinem sobre a festa, digam o melhor e o pior.

 

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