sábado, fevereiro 23
A propósito da vida e de quem está nela, de quem se cruza connosco e porquê, das reflexões que fazemos acerca disso, dos momentos, do sentido, da falta dele e das conclusões que nunca são permanentes, apetece-me dizer que tudo faz sentido.. mesmo que não pareça.
As amizades que tenho feito nos últimos tempos, quando menos se espera (e esta também é para ti, AR), as pessoas que se cruzam só por momentos e as quais não fazem idéia do peso que em nós tiveram ou daquelas que estiveram muito tempo e depois desaparecem como que por magia, trazem o sentido à vida de todos os dias.
Cada vez me sinto menos parte de um grupo ou "gueto" de rótulos certos e realidades estanques. Os meus pais são católicos e vão à missa, o meu irmão também, a minha irmã nem tanto, o meu cunhado não queria que o meu sobrinho pequeno fosse baptizado em bebé, e eu fiz questão de ir à primeira comunhão do mais velho tal como ao seu aniversário no benfica. A minha melhor amiga não percebe nada de arte, gosta dos mesmos filmes que eu. Adoro a praia e o meu avô nunca pôs os pés na areia até morrer. Adorava que ele ficasse à nossa espera "lá em cima". A minha melhor amiga é lésbica, o meu melhor amigo é hetero...
Há pessoas que não sabem hoje o importante que são, por aquilo que são ou foram, sem tirar nem pôr! Há coisas que fazem sentido porque não têm sentido. Nos amores e paixões é igual. Este texto vem a propósito de reflexões sobre estereótipos e idéias sobre o que está bem. Nem tudo está escrito num manual "a maneira certa de viver". Somos todos tão diferentes! Prometi a uma pessoa que escreveria um post para ela um dia (porque este blog é exemplo vivo disto). Cá está ele!