No Sábado à noite no Purex (bar do B.A.), estava a decorrer a festa do imigrante. Quando assim é, este bar transforma-se numa típica “associação cultural de Portugal” de qualquer parte do mundo, com música popular portuguesa, com tapeçarias típicas cá do burgo, tremoços, bonecas, artesanato, etc.
Eu acabadinha de entrar, a tentar espremer-me pelo mar de gente para ir ter com umas amigas, quando de repente dou por mim no meio do engarrafamento de pessoas, nisto um simpático rapaz que tinha ficado preso em sentido contrário pergunta se me pode fazer umas perguntas (também ele da equipa).
Gay – Este é um bar tipicamente de fufas não é?
Eu – Sim, mas ultimamente tem sempre muito mais dos teus por cá… Agora é mais uma bar LGBTS, GPS, TDI, ADSL… (Direitos de autor para M.S.B.)
Gay – A sério? Adoro a decoração, aqueles candeeiros são o máximo.
Eu – Os candeeiros são da casa, mas o resto da decoração é propositada para a festa.
Gay – Festa?
Eu – Sim, a festa do imigrante.
Gay – Ah! Então a música também é para a festa…
(Ouvia-se Tony Carreira)
Eu – Sim, claro. A música deste bar nada tem a ver com isto, costuma ser muito boa.
Gay – (…)
Eu – Não me digas que achavas que por ser um bar tipicamente de fufas esta seria uma noite típica?
Gay (a rir de alivio) – Pois achei sim… O engarrafamento está a começar a andar, és muito simpática, diverte-te!
Eu – Tu também, aproveita a festa e aparece por cá noutras noites!
Às vezes apercebo-me que conhecemos tão pouco uns dos outros.